30 de novembro de 2009

About me


Acho que sou intensa. Às vezes tenho certeza.
Em alguns casos sou piada e juro que não me importo. Gargalhada faz bem pra alma e eu gosto de fazer o bem.
Não tenho vergonha ou medo de assumir nada. Não consigo deixar de viver algo por causa do que os outros falam, na verdade pra mim pouco importa o que os outros falam. Eu quero é ser feliz!
Acredito em astros, em signos e também em algumas pessoas. Mas há casos em que até a voz me soa falsa. É que eu até tento, mas não consigo ser legal com todo mundo. Tem gente que me cansa. Tem gente que me dá sono. Tem gente que simplesmente é gente, e nesses casos eu sou indiferente.
Eu acredito nos sonhos e tenho medo de pesadelos. Quase sempre encaro as coisas de frente, mas como não sou de ferro em alguns casos eu corro, saio fugida e, sinceramente, se eu não tenho força suficiente naquele momento, essa ainda continua sendo a minha melhor opção. Há sempre uma segunda chance, talvez na próxima eu já esteja preparada e não fuja de nada. Talvez na próxima eu encare de frente.
E tem também os outros casos, aqueles em que não vale à pena perder tempo. Pra esses eu sou tão forte que simplesmente ignoro e sigo em frente.
Sou drama barato, daquele bem mamão com açúcar, e não entendo porque algumas pessoas perdem tempo falando da minha vida. Ela é tão sem graça! Exceto pra mim, é claro, que vivo do começo ao fim cada momento, até os mais sem graça.
Sou sentimento da cabeça aos pés. Quando creio em alguém nada é capaz de abalar isso. Quando me decepciona, bem, eu me refaço. Tenho sempre eu mesma, e mais alguém. Eis uma grande verdade: Tem SEMPRE mais alguém.
Adoro brincar de ser gente grande, mas a verdade é que sou mesmo uma criança teimosa e mimada, que acredita que pode tudo e quase sempre realmente pode.
Se eu disse 'sim' ontem, só por precaução pergunte hoje de novo. Sou realmente muito indecisa! É isso mesmo, às vezes eu realmente não sei o que eu quero. Em outras eu sou decidida até demais... Talvez um dia, quando eu crescer, eu deixe enfim de ser assim, um meio-termo!
Não acredite no que a maioria das pessoas diz sobre mim, elas provavelmente nem me conhecem.
E sabe o que eu penso sobre a verdade? A verdade é aquilo que as pessoas querem que ela seja. É bem mais fácil acreditar no que lhe convém.
Eu não quero a verdade de ninguém, eu só quero a certeza. Certeza de que me fará bem. Antes disso não me interessa, não cabe a mim. Cada um sabe de si e eu sei apenas de mim mesma.
Mas bem, tem algo sobre mim que é crucial: Eu tenho boa memória! E acredite, ela não é seletiva...

28 de novembro de 2009

Se minha alma tivesse voz...


Nada ficou no lugar, eu quero quebrar essas xícaras. Eu vou enganar o diabo. Eu quero acordar sua família.
Eu vou escrever no seu muro e violentar o seu rosto. Eu quero roubar no seu jogo. Eu já arranhei os seus discos...
Que é pra ver se você volta. Que é pra ver se você vem. Que é pra ver se você olha pra mim.
Nada ficou no lugar, eu quero entregar suas mentiras. Eu vou invadir sua alma. Queria falar sua língua.
Eu vou publicar seus segredos. Eu vou mergulhar sua guia. Eu vou derramar nos seus planos o resto da minha alegria...
Que é pra ver se você volta. Que é pra ver se você vem. Que é pra ver se você olha pra mim.

21 de novembro de 2009

Querido, que bom que você voltou.


As coisas ficaram mais difíceis desde que você partiu. E eu deveria te mandar embora agora, porque você me fez sofrer muito, mas não dá.
Porque Querido, eu me sinto tão segura com você por perto e dói todas as vezes que você se afasta de mim, mesmo que seja só para ir ao supermercado. E eu deveria estar te xingando agora, mas me conforta tanto estar sentindo teu abraço outra vez.
Faz um ano que você me deixou e eu sequer encontrei forças para renovar o documento do carro durante esse tempo, eu seria muito frágil e insegura sem você na fila ao meu lado.
Tem sido tão difícil levar as crianças ao parque. Não havia ninguém lá que pudesse olhá-las enquanto eu comprava e comia meu algodão-doce. Eu nunca mais comi algodão-doce. E por favor não me peça uma dose do seu whisky preferido. A nossa adega está vazia, eu dormi bêbada várias noites seguidas desde que você se foi, tentando tornar mais fácil imaginar você ao meu lado na cama e não deu pra ir comprar novas bebidas sem você ao meu lado, fazendo planos para as grandes comemorações que daríamos aqui em casa nos finais-de-semana. Eu nunca mais sequer tive o que comemorar.
Mas bem, isso não importa mais agora e o frio que fez todo esse tempo, também já passou.
Venha! Vamos para o quarto. Eu senti tanta falta do seu corpo sempre ocupando quase todo o espaço da nossa cama.
Não se explique. Eu não quero explicação nenhuma. Apenas diga que continua me amando e me amou todo esse tempo. Diga, prometa, que nunca mais me deixará sozinha, sem você, outra vez.
Eu ainda te amo exatamente igual ao que eu te amava quando demos o nosso primeiro beijo e prometemos que nunca mais nos deixaríamos.

17 de novembro de 2009

O celular chamado encontra-se fora da área de cobertura.


Quando você, casualmente, bisbilhotou sua antiga agenda e encontrou perdido por lá o número do celular da sua ex-namorada que sempre te ouvia dizer adeus e continuava a te esperar, aposto que se arrependeu. Tenho certeza que se lembrou das vezes que jurei amor eterno e por isso acabou me ligando.
Eu quase aceitei seu convite pra jantar. Não nego, sua voz inesperada me desmontou inteira. Mesmo alguns anos depois, fui capaz de lembrar o quanto era bom beijar você. Perigo! Não deveriam ser esses os motivos para eu querer te rever. Eu deveria estar interessada em saber do que você viveu sem mim, do que eu perdi, do que eu não fiz parte na sua vida. Mas, sinceramente, não me agradaria ouvir com quantas garotas você se deitou ou quais delas te amaram mais e melhor que eu. Eu não faço bem o papel de ex-namorada que pousa de amiga e se sente bem. Eu não sou sua amiga. Enfim, fosse pra te ouvir ou beijar, ou quem sabe nenhum dos dois e apenas ficar te olhando com a mesma cara de idiota que te vi parti, eu quase cedi e fui te encontrar.
Mas recobrei os sentidos. Enquanto você destilava desculpas pra não mais ter me procurado e também para ter me procurado agora, lembrei das desculpas que você usou pra me deixar. Enquanto eu te falava que a vida ia bem, lembrei do quanto fiquei mal todas as vezes que você quase saiu da minha vida e mais ainda de todas as vezes que você decidiu voltar e me confundiu, sempre mais. Enquanto você dizia que tinha muito do seu novo emprego que eu ia gostar de saber, passou como um filme pela minha cabeça as oportunidades que abandonei por você. E a cada minuto que a ligação contava, somavam-se também as lembranças de cada uma das vezes que você me fez chorar.
Eu não estou bem-resolvida e, aposto que, me conhecendo como só você conhece, certamente notou isso. Talvez tivesse usado isso a seu favor e me convencido, se enquanto você citava o nome dos lugares e pessoas que conheceu não tivesse me lembrando dos lugares e pessoas que perdi a chance de conhecer, só para mais uma vez tentar (ruinosamente) tê-lo de volta. Eu teria aceitado seu convite e pousado de mulher decidida e segura, mas você sabe que nunca fui nenhum dos dois e certamente eu não saberia fingir, então ao lembrar-me de todas as vezes que duvidou de mim e de tantas mais que me disse 'acabou' (sempre voltando atrás quando queria se divertir), lembrei que acabaria cedendo se te visse outra vez, como fora sempre em tempos atrás.
Muita coisa mudou em você, eu sou quase a mesma. Só que agora não uso mais salto-alto e deixei de escrever (até hoje) textos baratos direcionados a você e que você nunca leu. Mas mesmo não tendo mudado muita coisa, acabei fazendo revolução dentro de mim. Não deixei de ser dramática, mas acabei encontrando alguém que não reclame disso em mim e ao lembrar todas as vezes que voltei de festas chorando por sua causa, por algo em mim que você passara a noite reclamando, notei que apenas eu me enganava, enquanto você sempre soube que nós dois não nos levaria a nada. E dessa vez não seria diferente, assim como não diferente de antes, você também sabia.
Você quis prolongar a conversa e eu até teria aceitado, não fosse olhar pra foto na cabeceira da minha cama e lembrar alguém que toda noite diz que me ama antes de dormir. Talvez, não fosse o meu primeiro pedaço de bolo que esperou uma semana por você naquele ano inesquecível, eu tivesse esquecido a forma como você disse que não me amava mais. Mas o bolo eu acabei doando a outra pessoa, coisa que acabei fazendo com meu coração também. Então no fim da ligação sua voz do outro lado já quase tremia:

"E aí, vamos?"

Mas ir pra onde? Já fazia tanto tempo, que não existia mais qualquer lugar seguro que pudesse abrigar nós dois. Como quando você disse que não me amava mais e eu não sabia para onde correr. E eu não quero pensar como teria sido se eu tivesse aceitado o teu convite e mais uma vez tentado o nosso tão sonhado e agora impossível final feliz. Depois de tanto tempo e de ter me entregue a tantas pessoas, a única coisa certa que me restou foi não ter sido feita pra você. Meus defeitos você escancarava e as qualidades você tinha o dom de criticar, pra quê reencontrar você se quando eu começasse a contar do que eu vivi você sentiria sono e diria que já está tarde, enquanto eu havia passado a noite toda me entregando a você e aos grandes acontecidos por você vividos nesse nosso tempo separados? Eu sempre te cansei. E longe de você, embora eu saiba que você ache isso impossível, eu tive minhas próprias aventuras e já não vejo mais nada de interessante em pular já sabendo ao certo onde vou acabar caindo. Muito menos vejo graça na companhia de alguém que não gosta de me ouvir, quando eu sei que o que eu tenho pra falar é bem mais interessante que o que eu estou ouvindo. No fundo, acho que de uma certa forma, você também sempre me cansou, mas eu estava tão doentia que passava por cima disso, só pra ter um pouco mais do que eu achava ser amor e no fundo, eram migalhas.
Sua voz me desmontou sim, no começo. Mas não por sentimento antigo, como eu pensei no início e sim pela surpresa que o destino me pregara ao notar que o óbvio sempre esteve diante de mim e eu não fui capaz de enxergar até o presente momento. Você jamais havia me amado. E eu, depois de amada mais e melhor que por você, também não tinha mais amor para te oferecer. A resposta veio tão espontaneamente que eu quase não senti sair de mim:

"Foi bom ter falado com você de novo, mas eu ando muito ocupada. Um dia, quem sabe, a gente se encontre por aí, mas agora não tenho tempo pra marcar nada."

Certeza que na hora você soube que não fora bom falar com você, jamais fora bom todas as vezes que você me procurou e me deixou sozinha no fim da noite, como pretendia fazer mais uma vez. E eu tinha tempo de sobra, mas já não tinha tanta graça perder meu tempo com você. Então mais uma vez você me disse adeus, como tantas outras inúmeras vezes que o fez e me fez chorar. Eu não chorei, não quis te pedir que ficasse. Não quis pedir mais da tua voz. Desliguei e ativei o desvio de chamada. Se um dia houver uma próxima vez e você por falta de opção, ou saudade e até quem sabe, arrependimento, decidir me ligar, você só ouvirá minha voz dizer na gravação da caixa postal:

"Devo estar ocupada, destrambelhada ou quem sabe tenha só esquecido o celular desligado em algum lugar, sempre faço isso. Deixa um recado! Amor se for você, eu te amo! Não fique bravo comigo, ok?"

Talvez nesse momento seja minha voz que te desmonte ao pela primeira vez na vida me ouvir dizer que amo alguém e perceber que esse alguém não é você.

16 de novembro de 2009

Signos que se completam


Você tem os olhos que eu procurava. Não pela cor, que também me encanta, mas pela forma como eles conseguem ter o complemento da luz que os meus precisam.
Você me beija com tanto carinho e quando sente ciúmes fica ainda mais lindo. Até mesmo quando repete mil vezes 'tipo', antes de começar uma frase, me encanta.
Eu sempre sonhei com alguém como você. Alguém que me aceita como eu sou, que abre um riso de todas as idiotices que eu digo e que, acima de tudo, me faz feliz e é feliz comigo. Ta meio brega e clichê, mas você sabe o quanto ser brega nos faz feliz quando estamos juntos e, mesmo achando que nunca encontraria alguém capaz disso, você consegue ser sempre mais romântico que eu.
Eu tinha uma certeza. Uma certeza triste de que teria que conviver para sempre com um passado que ainda me dói muito. Você veio me provar o contrário.
Você é presente e é futuro. Algo que realmente me completa. E nenhum homem jamais me amou tão bem quanto você ou cantou canções tão lindas no meu ouvido.
Sabe os sinais que você tem no braço? Esses dois, próximos um do outro, um pouco acima do cotovelo do braço direito, me encantaram desde a primeira vez que os vi, quando você quis saber sobre uma salva vida fajuta, que outrora tentara lhe salvar a vida. Quando você me estendeu a mão para que eu te acompanhasse, eu os vi e me apaixonei.
Depois, quando estávamos vendo um filme bobo e você lá, adorando o filme junto comigo, eu os vi novamente. E hoje, quando você meio bêbado disse que me adorava e que eu te faço muito feliz, lá estavam eles juntos dos teus braços abertos pra que eu te desse um dos nossos gostosos abraços. Sei que parece tolo, mas eles me marcaram. São sinais seus que ficaram em mim, como tudo que te pertence e já passa a quase me pertencer.
Você me faz bem. E eu sei que muitas pessoas não acreditam em sinais ou coisas do tipo. Mas seus sinais foram pra mim um sinal indiscutível e para tirar todas as nossas dúvidas veio o universo, sempre conspirando a nosso favor.
Não são textos de amor que te farão ficar ou nos farão durar, nós nem precisamos disso. Não é só química, apesar de nós termos muita, é ainda mais que isso. E eu sei que nossa física também conta inumeravelmente, mas não é só isso.
É o segredo, aquele que eu te contei e você sempre repete quando diz que me quer pra sempre em sua vida. É mágica. É constelação. Você é, sem dúvida nenhuma, meu paraíso astral.
E vê se não espalha, pra não acabar o encanto. Essa mágica e a certeza que veio junto dela é algo que inexplicavelmente só pertence a nós dois. Assim como, por encanto, nós sempre pertencemos um ao outro.

13 de novembro de 2009

Pequena nota

Bom, essas postagens nem fazem meu tipo, mas tô tão nervosa que queria dividir isso com alguém. Muitas borboletas no meu estômago e a certeza de que hoje será um belo dia.

"Se você quer e se você acredita no que você quer,
você tem que correr riscos!"

Torçam por mim!

12 de novembro de 2009

Eu gosto de sentir

As vezes me imagino vazia. Como eu ficaria sem as letras que preenchem a mente, sem os sentimentos que inundam meu coração?
Não sei, é muito difícil se ter certeza sobre algo que nunca se viveu, mas eu tenho a leve impressão de que não gostaria.
Seria estranho não ter as palavras certas para escrever sobre alguém que eu amo, mas certamente seria extremamente terrível procurar, revirar, enlouquecer e não chegar a sentir. Não sentir nada.
Ainda que as vezes doa ou até mesmo mate algo dentro de mim, ainda assim é bom sentir. Não sentir seria muito sem graça. Afinal como eu faria drama se não sentisse a dor da perda? Como eu daria carinho se não sentisse o bem que me faz querer dar o abraço? Ficaria tudo realmente muito chato e monótono, logo pra mim que adoro sorrir.
Como eu distinguiria o cheiro do meu amor? Como diferenciaria seu aroma de todos os outros? Sem sentir ficaria impossível reconhecer a paz que me invade quando eu sinto aquele cheiro.
E embora eu saiba que muitas das vezes alguns sentimentos só atrapalhem, prefiro ficar com o incerto, com o medo, com a dor... do que jamais sentir nada.


10 de novembro de 2009

I don't love you anymore.


Quando eu acreditava na beleza do momento, quando eu ainda estava tentando acordar do dia anterior, você chegou e disse adeus. Eu ainda nem havia escovado os dentes e queria ter tido tempo pra pentear os cabelos para que você não me achasse tão feia, como se fosse fazer alguma diferença. Você estava me deixando, tão rápido e bruscamente que me pegou sem reação. Fiquei parada, olhando o nada e ouvindo você repetir todo o teu discurso de bom rapaz que não quer machucar ninguém, mas que vai machucar mesmo assim.
Fiquei me perguntando o que eu havia feito, onde eu havia errado. Durante nosso tempo juntos eu fui sempre eu mesma, será que fora esse o problema? Ou foi por eu ter reclamado das coisas que eu realmente não suportava em você? Talvez tenha sido por precisar de você demais, soube que homens odeiam mulheres que precisam demais deles. Bom, o motivo eu ainda não descobri, mas também nem interessa, o fato é que você me deixou. E eu quase enlouqueci, mas ao invés disso, quando ia começando o segundo tempo, decidi que simplesmente viveria. E foi o que fiz, embora isso tenha me doído muito nas primeiras duas semanas.
Arrumei a bagunça que você deixou e coloquei na cabeça que a culpa não havia sido minha. Você é que não passa de um babaca que não sabe dar valor ao que tem. Fui procurar alguém que o fizesse.
Então quando as coisas já estavam em ordem, quando eu já não lembrava mais seu cheiro e já havia conhecido alguém bem mais interessante, inteligente e engraçado que você, você me reaparece. Vem com aquela típica cara de cachorro-pidão, olhos baixos e rabinho abanando, querendo um ossinho pra matar a fome, talvez. Veio com o velho papo ridículo de tempo pra refletir. Pois bem, eu não acredito nessa coisa tola de tempo pra refletir, afinal quando se quer uma pessoa sobre o que é que se vai refletir? Quantas vezes transar com ela por semana? Paciência.
Você queria mesmo era me testar, saber quanto tempo eu te esperaria, saber se ver você com outras não diminuiria o que eu sinto. Só não contava com a possibilidade de eu também encontrar outro alguém. Sempre acostumado a ganhar de mim todas as apostas, não imaginou que dessa vez eu não pagaria pra ver. Nos acréscimos do segundo tempo, quando você consultou pela milésima vez seu registro de chamadas no celular, sua caixa postal, seu e-mail e Orkut, quando notou que eu não havia dado nenhum sinal de vida, aí você voltou. Veio como quem nada quer, mas na verdade quer além do que pode ter. Queria me ter de volta.
Não nego, até teria voltado, se o beijo dele não fosse melhor que o seu. Se fazer amor com ele não me causasse arrepios maiores que os que sentia com você, se a voz dele não me fizesse tão feliz todas as manhãs e se o cheiro dele não me fizesse sentir tão viva. Se não tivesse encontrado alguém tão mais especial que você, eu cederia sim e você sabe bem disso. E agora toda noite antes de dormir você lamentará por ter se deixado vencer por um desconhecido. Lamentará por ter acreditado que mais uma vez eu esperaria por você, por ter caído no seu conto infantil e achado que só seu beijo me despertaria do sono profundo. Pois bem, você perdeu.
Eu poderia ter sim esperado por você e agora te fazer bem feliz. Mas a verdade é que é bem mais gostoso alguém nos fazendo feliz e eu cansei de fazer esperando receber, mas na verdade nunca recebendo.
Estou dando uma de Alice, eu não saberia mentir e sei que estar te dizendo a verdade te fará me odiar, então o que resta é pedir que você saia, e não volte. Eu não te amo mais.

7 de novembro de 2009

Bom mesmo é ser você

Se olhar no espelho e sentir orgulho, é para poucos. Isso porque muitos ainda desconhecem o dom de serem eles mesmos. Ver o reflexo e olhar no fundo dos olhos que refletem a própria alma muitas vezes pode ser bastante difícil, muitos não sabem a paz que traz ser você mesmo em qualquer situação.
Gostoso é sorrir quando sentir vontade, uma daquelas gargalhadas altas que contagiam todos ao seu redor. Gostoso também é chorar quando sentir a cócega incontrolável das lágrimas, que sobe do nariz ao canto dos olhos, sem precisar fingir ou negar o que está sentindo. As lágrimas levam de dentro da gente as tristezas e isso reflete em nossa alma, que fica mais leve... mais calma.
Gostoso é andar descalço dentro de casa ou em alguma calçada fria da rua, se assim você sentir vontade. Gostoso é dançar sem se importar com o que as pessoas ao redor vão achar. Gostoso é mostrar seu rosto, como ele é. Em qualquer lugar, pra qualquer pessoa.
E isso tudo é tão gostoso assim porque veio da alma. Veio de você, do que você quer fazer, de como você se sente. É bom poder mostrar como nos sentimos, sem medo ou vergonha do que o resto do mundo vai deduzir a nosso respeito. Verdade seja dita, o que você sente, vive, pensa é problema e dádiva somente sua. Ninguém deveria perder seu precioso tempo se perguntando ou comentando o fato de você ser dessa forma ou daquela outra. Esse tempo perdido poderia ser usado para fazer um bem, comer chocolate, olhar o mar quem sabe...
E é por saber quão gostoso é ser eu, que eu escrevo. Escrevo o que penso, sinto, vejo e não calo. Não calo porque é gostoso falar dos meus sentimentos, porque me faz bem compartilhar os meus sonhos, planos e desilusões.
Gosto de escrever sobre algo que eu vejo e me balança. Gosto de escrever sobre algo que sinto e não tem como controlar. Gosto de falar de lugares, pessoas, fatos que eu vi acontecer, que fizeram parte direta ou indiretamente da minha vida, porque de certa forma isso tudo também sou eu. Se ficar guardado na minha lembrança, seja lá por qual motivo for, levou algo de mim... Uma emoção, um olhar, um sentimento, quem sabe até um sonho... E por amar o que eu sou, o que me tornei, por amar o reflexo que eu vejo no espelho é que eu não canso de ser eu mesma e de escrever sobre tudo e qualquer coisa que me toque, encante ou me dê vontade de descrever o que eu sinto. Pois não importa o tempo, lugar ou circunstancia, ser você mesmo e amar o que você é, te faz sentir vivo, te fazer ter vontade de viver mais e mais e mais... E olhando no espelho, sinceramente, eu me orgulho do que vejo!

3 de novembro de 2009

Três Novembros Depois

Eu amo você.
Eu não queria ser assim tão direta, você sabe o quanto eu tenho o dom de complicar as coisas e o quanto eu gosto disso, mas nesse caso o fato por si só já é complicado demais.
Então eu parei e procurei palavras bonitas. E eu que sempre tive a mania de querer deixar tudo bonito não sei como dar beleza a isso, e olha que já me disseram que o amor por si só é lindo. Espero que no nosso caso não seja diferente e que você possa ver beleza mesmo nas palavras que não as tenha, se é que existe alguma palavra sem uma determinada beleza.
Eu já usei todas as frases e rimas bonitas que sou capaz de criar, e todas elas foram feitas pra você. Tudo que eu não queria era tornar essa carta repetitiva, talvez seja a última vez que eu tenho coragem de escrever para você e eu queria que fosse algo que descrevesse o que eu sinto, mas que fosse algo novo, novo e bonito. O que dificulta as coisas é o sentimento que não muda. O amor que continua o mesmo.
O que resta então é torcer para que você ache bonito, e se algo soar repetitivo perdoa e faz de conta que essa é a primeira carta que te escrevo.
É incrível como todos os dias da minha vida eu lembro seu cheiro e fico boba ao notar que é o mais especial que eu senti em toda minha vida, e eu ainda lembro bem de cada pequeno detalhe do teu corpo. Às vezes vem a falta da sua presença e eu me recordo de nós dois deitados e eu mordendo seu queixo. Eu sinto saudade de morder seu queixo. E por pura crueldade do destino até hoje ninguém me beijou como você, muito menos melhor que você.
Às vezes eu sonho acordada e vejo você chegando, com aqueles braços abertos. Quase dá pra ouvir seu sorriso e ver o brilho de felicidade em seus olhos. E na loucura da saudade eu até consigo sentir seu abraço. Eu sinto falta das suas piadas e o destino, que não cansa de ser cruel, não deixa ninguém ter o teu bom humor.
Não sei se você reparou, eu lembro bem do quanto você é desligado, mas tem lua cheia lá fora hoje e em noites como essa eu lembro cada detalhe das loucuras de amor que já fizemos, nos lugares mais improváveis, sempre dando um jeito de matar o desejo louco que sempre tivemos um pelo outro.

Você é o capítulo mais lindo que eu escrevi na minha vida, e o único que eu não consigo encerrar.
Mesmo sabendo que o desfecho final já foi escrito há muito tempo pelo destino que cansou de esperar eu criar coragem e decidir como encerrá-lo, não sei como, mas ainda consigo acreditar, não num futuro, mas na beleza do passado que vivemos. E é com essa crença que eu me agarro todas as noites ao que restou de nós dois pela casa, e repito para mim mesma que será sempre amor, mesmo que mude. Eu ainda sinto sua falta e tem muitas coisas das quais eu ainda não sou capaz de falar, mas você sabe como entender, sabe como encontrar todas as respostas. É só olhar dentro dos meus olhos e se encontrar guardado, intacto, por lá.

PS: Rasga essa carta quando as palavras acabarem. Guarde a beleza das palavras na tua lembrança, o lugar mais seguro para elas ficarem. Não quero você relendo essa carta e revendo as marcas das minhas lágrimas nessa folha de papel, porque é com um sorriso lindo que eu termino de escrevê-la. O meu, que costumava ser o seu, sorriso preferido.