30 de abril de 2010

Se eu não te amasse tanto assim...

Quando você era ainda mera desconfiança eu tive tanto medo. Medo por saber dos meus tamanhos defeitos e não saber se eu merecia mesmo um presente tão lindo assim. Eu não me julgava preparada pra tamanha dádiva, mas bem, Deus é sábio em tudo que faz.
Até chegarmos aqui passamos por tantas, né? Mas todos os medos, as dúvidas e as dificuldades não serviram para mais que simplesmente nos amarmos ainda mais. E continuo não me achando digna de tamanho presente divino, mas se Deus foi tão generoso comigo que mal faço eu em aproveitar?
Você já é tudo pra mim. É mais que um pedaço meu, mais que o ar que entra e sai de dentro de mim, mais que qualquer coisa que possa ter algum valor, seja ele material ou sentimental. Você é a coisa mais linda que me aconteceu e eu jamais vou ter palavras suficientes pra expressar tamanha sensação, que é essa de ter você pra mim, o amor mais puro que pode existir.
Sei que você será linda, que será meiga, inteligente e educada. Te ensinarei tudo da forma mais amável possível e prometo que serei a melhor mãe do mundo, me dedicando completa e inteiramente a você, razão da minha vida. Seremos eu e você contra tudo e qualquer coisa que queira te ferir, porque sua dor dói em mim mil vezes mais e ninguém no mundo será capaz de entender a imensidão desse amor.
Minha jóia, pérola, meu maior tesouro, uma benção pra toda a minha filha e para todos que tiverem a sorte de te conhecer. Uma princesa, MINHA princesa, o amor em forma de ser.
E quando eu tocar suas mãozinhas, quando eu ver teu sorriso, quando eu sentir teu pequeno corpinho nos meus braços... Sei, tenho certeza, que você mais que nunca se sentirá o ser mais amado do mundo. Jamais terei palavras suficientes para agradecer a Deus por ter me dado você e a você, por me conceder a felicidade de ser Mãe.
Não me falta mais nada. Agora, como nunca, posso dizer que sou COMPLETA.
Te amo Lara Giovanna e agradecerei eternamente aos céus por essa chance, essa chance única de ser feliz.

29 de abril de 2010


Todos os dias me pergunto quanto ainda falta pra te esquecer. Acredito que a cada dia me aproximo mais do fim e já me acomodei com a ideia.
A verdade é que depois de tantos fins e frustrantes recomeços acabei por aprender que fim de namoro não quer dizer fim de amor e ambos não querem dizer "Fim". Tem sempre algo mais, um desfecho, uma saudade, alguma coisa que foi esquecida de ser dita, um acontecimento pra mudar o possível rumo das coisas. Até que o fim seja "Fim" mesmo tanta coisa acontece que já nem dói mais.
Nesses longos meses que vieram depois do (primeiro) adeus, quantas vezes nos dissemos "Oi" de novo e achamos que não iríamos mais, pra logo em seguida achar que nunca mais voltaríamos? E eu acredito que tenha sido todos esses quase fins e quase recomeços que acabaram por nos afastar por completo, por apagar a ideia de felicidade conjunta que tínhamos um do outro. Tantas vezes brigamos e dissemos coisas feias pra depois perguntar o porquê daquelas palavras, nem eram de verdade o que a gente queria dizer, mas eram ditas e ditas ficavam para sempre serem lembradas.
Todos os nossos planos frustrados, todas as nossas expectativas apagadas, todos os nossos sonhos cada vez mais distantes da realidade. Já não havia mais lugar pra nossa união nesse mundo, quem sabe em um outro ou em outra vida, mas não nessa. Nessa o que ainda há de cabível é você esquecendo a data do meu aniversário e eu não sentindo vontade de te ligar no nosso outrora aniversário de namoro. O que cabe é a saudade em nosso lugar e com o tempo nem ela caberá mais, daí ocupa com um corpo qualquer e espera até que não haja mais a necessidade de ocupá-lo com nada e nem ninguém.
Não tocam mais nossas músicas, não lembro mais da tua voz, poucas são as vezes que me pego lembrando de quando fazíamos amor e surpreendentemente deixei de ver você nos perfumes, nos lugares, nas histórias. O fim nunca esteve tão próximo e acredito que não poderia ter vindo em melhor hora, pra mim e pra você.
Até lá é deixar as coisas serem, sem fugir das lembranças ou negar ressentimentos, uma luta desnecessária agora só adiaria ainda mais o inevitável. Tô entregando completamente os pontos e torcendo pra que um dia nós ainda possamos rir disso, não juntos, mas cada qual bem feliz em sua própria vida, com seu próprio amor de verdade e no seu próprio e real final feliz.

9 de abril de 2010

Foi e não é. Nem será.


Eu recebi e li sua última mensagem. É, eu recebi até mesmo a interrogação. Fiquei aqui parada, pensando, vendo duas de mim brigarem entre si tentando decidir o melhor a fazer.
Eu não respondi.
Não respondi porque sabia como as coisas acabariam. Eu não queria brigar outra vez, eu já cansei de tudo isso ser sempre tão repetitivo. Eu só queria uma conversa, uma palavra, um abraço. Eu só queria nunca ter cometido o erro de deixar que as coisas ficassem fora do controle assim. Elas estavam tão perfeitamente bem quando éramos apenas amigos. Nós não deveríamos ter tentando, nunca deveríamos ter começado, era a tua amizade que eu queria e quero, o resto foi um grande engano.
Sabe a verdade? Pois é, a minha é uma, mas não é nela que você vai acreditar. Um dia, talvez, nós possamos conversar frente a frente, como amigos, como antigamente, e quem sabe eu possa lhe falar sobre essa verdade e sobre tantas outras coisas que eu tenho pra lhe dizer. Um dia, talvez, a gente olhe pra trás e perceba que no fim perdemos tempo com algo que não contava mais, com algo que nem existia mais, mas que a gente insistia em fazer presente só pra mantermos a distância que era necessária pra que o resto das pessoas achassem que corria tudo bem. Nada estava bem, todo esse tempo as coisas estiveram indo assim, de mal à pior, num piscar de olhos.
Mas você e eu já não nos falávamos, já não nos víamos, nem frequentávamos os mesmos lugares. Se era assim, deveria estar tudo ótimo. Tem coisa que a gente olha, mas não vê. Tem coisa que a gente diz, mas não sente. É assim na maioria das vezes. Nós dois deixamos e preferimos que fosse assim em quase todas as ocasiões só para ser mais fácil, ainda que fosse mais dolorido. Bom, que mal tem um buraquinho à mais num coração já tão cheio de poças, não é mesmo?
E aqui estamos: corações alagados, mas vidas refeitas embora cheias de saudade. E não falo aqui de saudade carnal ou passional. Falo da saudade pura de coisas simples, saudade de uma época lá bem do passado quando amizade era amor, quando o amor era de verdade.

8 de abril de 2010

Carta aos navegantes.

Acreditem, nós mulheres só queremos nos sentir amadas.
Amadas, paparicadas, acarinhadas, apaixonantes e etc. Mas se não der pra se sentir tudo isso, só amada é suficiente.
Não falo aqui de receber ligações diárias no mesmo horário. Isso é compromisso e não amor. Mulher gosta de surpresas e só quem ama sabe fazer surpresas lindas e tocantes. Nós sentimos falta de ouvir um 'Eu te amo' logo pela manhã cedo ou de ouvir sobre o quanto estamos lindas essa e tantas outras noites, porque nós queremos sim ser o centro das atenções de alguém, alguém que também seja o centro de todas as nossas atenções. Mulher quer se sentir desejada e quer saber o quanto é inesquecível fazer amor com ela.
Mesmo as mais independentes e até mesmo aquelas tidas como auto-suficientes, todas nós independendo de idade ou crença, seremos sempre frágeis e estaremos sempre esperando pelo amor de nossas vidas.


Depois dessa espero que os navegantes entendam que mulher é assim mesmo, fala um monte de besteira e reclama pelos cotovelos, mas é só pra ser notada, amada e desejada.