18 de junho de 2010




Garota, não precisa ter medo.
Você vai mudar o mundo!

12 de junho de 2010

Outra carta para a coleção.

Eu sei o quão boa posso ser. Sei o quanto posso te fazer esquecer o mundo, o quanto posso colocar inúmeros sorrisos em teu rosto e o quanto posso ser boa em dividir e guardar segredos. Você também sabe disso.
Sabe que posso ser tua amiga quando precisares de uma. Sabe que posso ser briguenta e exigente quando for conveniente, quando tiver de lhe forçar a algo que, mesmo que você não queira, tem que fazer – te obrigar a tomar teus remédios é um bom exemplo. Sabe que posso ser a namorada preocupada que diz "Te amo" ao acordar e olha fundo nos olhos antes de dormir. Eu e você sabemos todas as inúmeras coisas boas que eu tenho pra oferecer.
Sabemos também que não é difícil que eu seja uma pessoa agradável, quase sempre sei bem a hora de ficar calada e quando tenho que falar, na maioria das vezes, sei bem o que dizer. E não, essa carta não é pra que você veja a pessoa que você deixou pra trás, o quanto perdeu ou quão perfeita eu sou. Ambos sabemos que fora todo o amor que eu tinha por você, não há muito mais que você tenha perdido e bom, nem preciso dizer que tudo que eu não sou é um ser perfeito, não é? Você sabe disso mais que ninguém.
Essa carta, como tantas outras, nem mesmo chegará a você porque embora eu a escreva com palavras que aparentemente são para você, é a mim que essa carta deveria ser entregue e somente eu mesma deveria lê-la. Mas eu ainda tenho a mania de jogar as palavras nos outros como se isso aliviasse minha culpa, então me deixa fingir que é pra você e quem sabe assim não doa tanto ser cruel comigo mesma.
Acontece que eu fui terrível com você. Embora eu tivesse exatamente tudo o que você precisava, embora eu soubesse exatamente como agir, eu fiz tudo errado. Eu sei que eu poderia ter sido exatamente o que você sonhou e o que, embora eu nunca tenha admitido, eu sonhei junto. Mas eu falhei. Em todos os momentos que cometi um erro, em todos eles eu sabia o que tinha de fazer e ainda assim não fiz. E todas as vezes que usei palavras duras eu sabia o que deveria dizer, mas optei por magoá-lo acreditando que isso faria você me ver, você sentir o que eu sentia quando tudo que eu sentia era medo de te perder, mesmo fazendo de tudo pra que isso acontecesse.
Você entende o que eu quero dizer? Talvez estivéssemos juntos em mais um dia dos namorados como esse se eu não tivesse sido tão dura com você e comigo mesma. Eu sabia exatamente como te fazer feliz e ainda assim escolhi por decepcioná-lo e a verdade é que ainda hoje não encontro os reais motivos para isso. Sendo mais sincera ainda, tive medo do que eu descobriria sobre mim mesma e parei de pensar a esse respeito quando parei também de amar você.
E a questão aqui não é como teria sido ou como ainda pode ser, não é nada disso. ‘Nós’ é uma pessoa que não existe mais no nosso caso, aliás, esse "nosso" também deixou de existir faz muito tempo. Não, a questão aqui não tem nada a ver com o que poderíamos ter vindo a ser, a questão é o que eu me tornei pra você, como agi com você e como perdi a oportunidade tantas vezes de fazer feliz a quem eu só queria fazer feliz. A questão é exatamente o quanto fui burra e egoísta. E hoje, diante dessa coisa absurda que eu vejo ser a realidade, retiro de você a culpa por ter me julgado tantas vezes, por ter perdido a crença em mim e por não ter me dado a chance de explicação por vezes em que acreditei que você tivesse obrigação de o fazê-lo. Eu já vinha sendo muito mal fazia muito tempo e embora os últimos erros não tenham sido meus, aceito ficar com a culpa referente a eles, não por achar que seja justo mas por notar que, culpa minha ou não, o peso do passado é tanto que um erro à mais ou um erro à menos não faria diferença diante das palavras que usei, da forma que brinquei, do quanto fui egoísta. Erros alheios que recaíram sobre mim nada mais foram que um pequeno agravante e que de certa forma me ajudaram a chegar até aqui e escrever essa carta de dia dos namorados que parece ser pra você, mas que é pra mim.
E embora seja duro levar a culpa é também reconfortante aceitá-la. Ao menos agora não cometerei os erros do passado com pessoas do futuro, nem os meus e nem os dos outros. E espero que você um dia possa me perdoar pelos erros cometidos (ou não) por mim e isso não quer dizer que te queira de volta, quer dizer apenas que talvez assim eu sinta menos culpa e mais preparo pra seguir em frente com sentimentos novos e pessoas também novas. Vai ser bom voltar a acreditar no quanto posso ser boa pra alguém e ter coragem suficiente para dessa vez o sê-lo.
Feliz dia dos namorados. Que meus erros do passado não te impeçam de tentar outra vez, de amar novamente. As pessoas podem ser boas e você merece que elas o sejam, só precisa acreditar. E pra mim ficam aqui os parabéns pelas conquistas, pelo aceitamento e por ter chegado tão longe mesmo sem te ter por perto. Nós dois sabemos que o mais difícil já foi vencido.

10 de junho de 2010

Sobre um casamento que eu vi se desfazer.

- Eu continuo arrasada, desesperada. Hoje acordei ainda pior. Não sei mais o que fazer, no que me agarrar, no que acreditar. Todos os dias parece ficar mais e mais difícil e eu não sei como reagir. Mas ainda tenho fé e acredito que ele logo vai ver a grande mulher que sou, então ele voltará.

- Talvez não seja ele, mas você quem precisa ver essa grande mulher.


Foi exatamente assim o diálogo. E nunca uma verdade foi tão bem dita!


5 de junho de 2010

Só esclarecendo.

E tem algo sobre aquilo tudo que eu jamais lhe falei. Eu gostava. O vento no meu cabelo, a velocidade e você nos meus braços. Aquilo me fazia sentir viva. Era minha própria história de amor sobre duas rodas, que mulher nunca sonhou com isso?
Enquanto a cidade passava ao nosso redor eu te abraçava forte e sonhava. Sonhava alto. E o incrível é que todos os sonhos, até os mais absurdos, eram possíveis. Isso porque ali, agarrada a você em alta velocidade, eu acreditava em nós dois e acreditava que nada no mundo seria capaz de abalar aquilo.
Se existe algo em minha vida que defina por mim a palavra confiança, acredite, foi aquele momento. Eu poderia sentir medo, ficar insegura, não querer ir... Mas você estava lá, sabe? E eu podia abraçá-lo e podia falar no seu ouvido enquanto o vento fazia voar meus cabelos. Naquele momento você era meu e eu era sua, numa ação que pedia mais entrega que qualquer outra, pelo menos pra nós. E eu jamais escondi que lhe confiava minha vida, como confiei inúmeras vezes meu amor e segurança a você enquanto corríamos sobre duas rodas em busca de um lugar seguro. E a verdade é que tudo bem se não encontrássemos, porque pra mim lugar nenhum era mais seguro que estar lá, agarrada a você e fugindo do resto do mundo.
Nós nunca precisamos de muito para nos amar, para estarmos felizes. Duas, quatro, nenhuma roda. Tanto faz! E você sabe que em nenhum lugar do mundo haverá uma história tão bonita, uma aventura tão grande ou um sentimento tão forte. Mas hoje, quando olho pro passado e sinto saudades, era esse o momento mais incrível pra mim - Eu e você, duas rodas, um abraço e o resto do mundo correndo atrás de nós enquanto fugíamos pro paraíso. Ainda que a realidade não fosse tudo isso, era assim que eu sonhava enquanto estava ali e acredite nunca um sonho fora tão real.

3 de junho de 2010

Aliás,


Feliz mês dos namorados.
    Que seu coração esteja aquecido.
 

People Always Leave.

"Você pode dirigir aos 16, ir para a guerra aos 18, 
você pode beber aos 21 e se aposentar aos 65...
Entao qual idade você tem quer ter antes que seu amor seja verdadeiro?"


- One Tree Hill, sobre Nathan e Haley e uma porção de coisas que eu não entendia até chegar aqui na terceira temporada do seriado e na Season Finale da última temporada de um sentimento morto. (in)Felismente nada que possa mudar o passado ou, e pior, remediar o futuro.
Acho que todas as pessoas cometem erros afinal, mas não há erro imperdoável para quem ama de verdade. As vezes é só um teste e a pessoa que você ama só está tentando descobrir o quanto você é capaz de amá-lo de volta, o que na verdade não importa porque normalmente, independente do quanto seja, não é o suficiente. O amor sozinho nunca é suficiente e isso não há como mudar, assim como não dá pra mudar o que as pessoas são ou a quem elas escolheram (ou não) amar.
E não tem sentido nenhum porque não há necessidade dele. A maior parte das coisas incríveis que nos acontecem jamais farão sentido e isso não nos impedirá de viver cada uma delas e saber que mesmo sem sentido elas nos fazem realmente felizes.
E, vejam só, nem é data ainda (...).