21 de novembro de 2009

Querido, que bom que você voltou.


As coisas ficaram mais difíceis desde que você partiu. E eu deveria te mandar embora agora, porque você me fez sofrer muito, mas não dá.
Porque Querido, eu me sinto tão segura com você por perto e dói todas as vezes que você se afasta de mim, mesmo que seja só para ir ao supermercado. E eu deveria estar te xingando agora, mas me conforta tanto estar sentindo teu abraço outra vez.
Faz um ano que você me deixou e eu sequer encontrei forças para renovar o documento do carro durante esse tempo, eu seria muito frágil e insegura sem você na fila ao meu lado.
Tem sido tão difícil levar as crianças ao parque. Não havia ninguém lá que pudesse olhá-las enquanto eu comprava e comia meu algodão-doce. Eu nunca mais comi algodão-doce. E por favor não me peça uma dose do seu whisky preferido. A nossa adega está vazia, eu dormi bêbada várias noites seguidas desde que você se foi, tentando tornar mais fácil imaginar você ao meu lado na cama e não deu pra ir comprar novas bebidas sem você ao meu lado, fazendo planos para as grandes comemorações que daríamos aqui em casa nos finais-de-semana. Eu nunca mais sequer tive o que comemorar.
Mas bem, isso não importa mais agora e o frio que fez todo esse tempo, também já passou.
Venha! Vamos para o quarto. Eu senti tanta falta do seu corpo sempre ocupando quase todo o espaço da nossa cama.
Não se explique. Eu não quero explicação nenhuma. Apenas diga que continua me amando e me amou todo esse tempo. Diga, prometa, que nunca mais me deixará sozinha, sem você, outra vez.
Eu ainda te amo exatamente igual ao que eu te amava quando demos o nosso primeiro beijo e prometemos que nunca mais nos deixaríamos.

Nenhum comentário: