22 de janeiro de 2010

Embora o ame (...)


Quantas vezes mais terei de vê-lo voltar e em seguida partir, até que decidas ficar de vez? Pois bem, já não vejo mais tanta graça na sua volta, já não me sinto tão rica com apenas três horas do seu tempo e já não me dá prazer tê-lo em minha cama depois de (não) saber que trajetória foi feita antes que você chegasse até aqui. Quantas camas mais você tem sujado? Não! Não responda. Ainda me satisfaz manter uma mentira intacta quando ela evita tanta dor em mim, dor essa que cedo ou tarde você irá causar, mas que demore. O presente já tem sido duro demais.
Eu sei o que te causa tudo isso, deve ser mesmo muito boa a sensação de poder. Poder sobre mim, poder me usar, poder me enganar, poder me ter sem nada dar em troca. Poder sentir prazer, sem tanto sentimentalismo e uma pequena dose de crueldade. Deve ser muito boa a sensação de pisar aos poucos nos cacos indefesos do meu coração.
Mas bem, embora eu saiba que tantas outras vezes eu o tenha dito, já chega. E dessa vez não são apenas palavras. Meu amor ainda pertence inteiramente a você e é por ti que choro ao ver fotos ou ouvir músicas, mas a solidão é tanta que o amor não compensa, então basta. Erre meu número ao digitá-lo, erre minha casa ao procurá-la, erre meu endereço quando for necessário me escrever. Não me procure, não volte, não insista em me fazer sofrer.
Tantas vezes você teve a mim, ao meu coração, orgulho e sentimentos, todos em tuas mãos e só soube repetir a mesma cena: Fechar a porta sem olhar pra trás e deixar cair aos poucos, muito, de tudo que lhe dei e você não soube recompensar. Pare então com esse jogo, acabe com toda essa história contada apenas por mim. Dessa vez vá e não volte. Não toque novamente a campainha e não faça nunca mais meu celular tocar a música que é só sua, enchendo-me ao mesmo tempo de esperança e tristeza.
Acabe com a farsa que ainda resta e não volte nunca mais aqui, pra mim. Dessa vez sou eu quem fecha a porta.

19 de janeiro de 2010

Parada Obrigatória.



Eu parei com a pressa. Parei com o medo e com a técnica do esquecimento. Parei com o riso fora de hora e larguei mão de acreditar sempre que as pessoas são como eu espero que elas sejam.
Parei de querer demais, de esperar demais, de ilusionar demais. Parei de passar da medida.
Parei de exigir tanto de mim mesma e como não sei parar de exigir que as pessoas me ofereçam o seu melhor, parei com você também.

17 de janeiro de 2010

é um coraçãozinho.


Eu me apaixonei pelos seus erros, me encantei com teu sorriso e vi beleza quando você falou baixinho em meu ouvido.
Obrigado pelas certezas, por toda a força, por sempre beijar meu rosto com tanto carinho e afeição.
E embora eu tenha sido cega durante muito tempo, embora eu tenha demorado para entender, agora eu vejo, eu sinto e eu não quero perder você.
Eu sabia que cedo ou tarde viria alguém, como você, para sarar as dores e colar os cacos de um coração já tão sofrido e tão cansado de tamanha espera. E toda demora foi válida agora que eu sei o quanto é bom te pertencer.
Cada dia mais agradeço por ser tua e ter você em minha vida.

15 de janeiro de 2010

Broken-Hearted Girl


Querido, embora com toda a dor que você tenha me causado, dor essa que permanece ainda tão visível em meus olhos e embora com toda a solidão em que você me deixou, ainda assim o amo.
E ainda que seja ruim ouvir tuas mentiras, olhar em teus olhos e não me ver... Tem algo, algo que dói ainda mais que isso: Ficar sem você.
Não me deixe sozinha outra vez. Fique aqui, me abrace.
Eu não sei ser sem você.

7 de janeiro de 2010

O ano em que te perdi.


Foram 365 dias difíceis. Momentos de euforia e desespero. Momentos de alegria e medo.
Perdi a conta de quantas vezes estivemos juntos e nos separamos novamente, umas 100 vezes, só esse ano. Mas pra quê tudo isso, afinal? Dado o fim dos 365 dias aqui estamos nós, aliás, aqui estou eu. Você, eu nem sei por onde anda.
Entre idas e vindas, brigas e reconciliações, esse ano acabaria por trazer o fim. O fim da nossa história mal contada, o fim das nossas noites de amor, o fim das nossas trocas de presentes e das palavras bonitas. O fim do amor (?).
Desde o momento em que soube que estava te perdendo pra sempre, tudo que mais desejei foi que o tempo voasse e que o ano acabasse. Que fosse ano novo pra que eu reunisse forças e pudesse recomeçar - recomeçar sem você.
Não sei qual o seu saldo final de fim de ano, mas apesar da grande perda, o meu foi positivo. Agora tenho 365 dias novinhos para te esquecer, para amar outra pessoa, para viver definitivamente sem você. E embora isso não seja fácil, essa é minha melhor perspectiva do que será o primeiro ano sem você na minha vida. E eu espero de coração que pra você isso não doa tanto quanto dói pra mim, que você tenha um belo ano, uma bela vida e um belo novo amor.
O ano passado levou com ele o que restava de nós dois. Quem sabe um ano qualquer dos que ainda viveremos possa fazer com que nos reencontremos, mas por hora só quero mesmo é que esse ano apague a bela e triste memória que eu guardo de você. É a bonita e velha lei de sempre “Que o tempo cure!”, pra mim e pra você.