28 de julho de 2011

Love is a losing game.

Não foram poucas as vezes que uma voz bonita repetiu essas palavras enquanto eu cantava euforicamente no frio do meu quarto. Tantas outras as palavras se repetiram enquanto eu, chorosa, dirigia meu carro. Amy foi uma amiga distante, mas sempre presente nas horas necessárias. Poucas vezes alguém cantou tão bem minha dor e raramente uma voz tão bonita falou de amor exatamente como eu queria ter falado.
O último mês não foi fácil por aqui, minha ausência é sinônimo disso. Entre um perdido e outro, fica claro que no jogo de azar, que é o amor, quase nunca se ganha e jamais se ganha pra sempre. Só queria deixar registrada aqui a saudade que sentirei das músicas que Amy não chegará a cantar. Mesmo nas situações mais improváveis Amy tinha algo a dizer, fosse pra dar ânimo ou, como eu gostava que fosse, servir como tapa na cara.
Sei mesmo é que jamais esquecerei da forma como fui conquistada por essa criança que morreu aos 27 anos: Uma amiga me manda um vídeo que eu botei pra tocar e nem me dei conta do que era, até ouvir a voz bonita dizer "love is a losing hand" e notar que essa era A música e que eu precisava ouvir mais daquela voz. Virei fã e continuarei sendo, ouvindo repetidas vezes ela cantar "In my bed", enquanto caio eu na minha e tento entender essa coisa de os bons morrerem jovens.


"A vida muda, meu irmão…
 Nunca mais voltamos a ser aquilo que éramos."
Amy Winehouse