8 de abril de 2009

Preciso disso pra o meu coração.

Meus olhos estão rasos d’água de novo. É algo que não posso evitar.
Hoje o que me dói não é a tua ausência, mas sim o teu descaso! Como pode alguém com tanto amor simplesmente não se importar? Ou será que nunca houve amor?
De repente eu me vejo fazendo a melhor surpresa do mundo pra você, com todo amor e carinho que tenho dentro de mim e a tua única preocupação é ter se esquecido de ligar pro teu novo caso. Que vazio eu senti! Que triste te amar tanto e não ser recíproco.
Eu, destrambelhada que sou, consigo bater o carro voltando do que deveria ter sido a melhor noite da minha vida. Não fosse isso você nem teria me dirigido a palavra no dia seguinte. Agora falar que vazio foi o que eu senti, seria mentira. Eu senti dor, senti mágoa, senti solidão e me odiei pelo que pareceu ser uma eternidade.
Mas acalmei-me. Respirei e vi, já passou da hora de seguir em frente. Foi preciso que a vida me desse um tapa na cara para eu perceber que o tempo havia passado, você havia mudado e as coisas jamais voltariam pro seu devido lugar. Ao menos não para os lugares que eu achava que elas deveriam estar.
Ontem eu tirei uma foto com tudo que ganhei de você. Quanto eu chorei revivendo cada presente? Dizer que foi muito seria pouco diante das tantas lágrimas que eu derramei. Mas chorar a muito tempo, não faz mais a dor parar, então era hora de fazer algo que realmente surtisse efeito. Juntei tudo, todos os presentes, guardei numa caixa e escondi de mim mesma. Eu poderia ter pedido para outra pessoa fazer isso por mim, mas é assim eu aprendo a exercitar meu autocontrole. Não quero nunca mais abrir aquela caixa. Não quero nunca mais reviver tudo aquilo, fiz tanto isso que percebi que isso só me afastava ainda mais do que deveria ser o meu ‘feliz para sempre, amém’, do qual você deixou de querer fazer parte.
O teu cheiro ainda está pela casa toda e todos os cômodos me trazem uma lembrança nossa. Mas você é a prova viva de que o tempo cura tudo, apaga tudo, até o amor.
Hoje eu mato o último pedaço de você dentro de mim. Eu sei da dor que vou sentir, sei da solidão que vou sentir, sei do medo que vou sentir. Você não estará aqui, assim como não esteve durante todos os últimos meses, quando eu mais precisei. E o que realmente me perturba é a lembrança que eu sei que vou ter. A saudade do tempo em que você segurava minha mão, me pedia pra ficar bem, dizia que estava comigo e que sempre estaria. O teu sempre durou tão pouco, tanto que nem durou ao que se soma a metade do meu, mas isso eu também vou superar.
Passado o pior momento eu não sei o que vou pensar. É preciso antes de tudo, que eu junte toda a força que eu puder acumular, pra não gritar teu nome, pra não fazer da minha dor ainda pior.
Por muito tempo ainda, eu sei que essa vai ser a minha pior lembrança, é ela que vou usar contra o que ficou de você em mim. Ontem eu sorri, sorri e não foi por você! Conversei feliz e não era com você! Não me senti sozinha e não era você minha companhia! Isso deve ser algum progresso, tem de ser algum progresso e pra que isso aconteça sempre, vou levar comigo a pior lembrança que você me deixar. Sei que pode soar egoísta, afinal você me fez sim feliz por muito tempo e vez ou outra vou fraquejar e pensar nisso também, mas é também por isso que eu preciso guardar cada lágrima e dor da pior lembrança, pra sempre usá-la contra essa necessidade louca que eu tenho de ser feliz ao teu lado.
Não quero te fazer de vilão. Eu mesma errei um bocado nessa nossa louca história do que deveria ser chamado amor, mas você consegue reter a dor com muito mais facilidade que eu, então, por favor, entenda, eu preciso de algo que comprove o quanto você mudou e deixou de ser aquele que eu tanto amei e, desculpe-me a sinceridade, você vem fazendo isso progressivamente todos os dias, sorte a minha, que terei muitas lembranças ruins a meu favor para usar contra você.
E que saudades não me matem, com ou sem você, eu ainda tenho muito que viver.
“Eu só quero alguém que me queira bem, que me faça bem, pra eu poder fazer o bem também”.

3 comentários:

Vera disse...

Lendo teu texto lembrei-me de de uma música da cantora que eu mais amo: Marisa Monte.

"Ao meu redor está deserto, você não está por perto e ainda está tão perto. Dentro dessa geladeira, dentro da despensa e no fogão..."

Viva, viva... você ainda é muito nova. E deseje o bem sempre, indistintamente.

Beijos.

Biani Luna disse...

Nossa. parece de qnd terminei meu primeiro namoro. certo dia, depois de tá fudiiiiiiiida de amor bote na cabeça q nunca + na vida ia chorar pelo fulaninho. e parece que um anjo falou por mim, pq foi dito e feito. resultado: 2 meses depois achei outro, aí o outro ligou arrependido pq queria voltar. e naquela epoca eu tava irada com ele, assim cm vc ta agora. hj em dia somos bons amigos.
até mágoas o tempo cura... pra tu ver! =) com o tempo a gnt vai aprendendo que 'desperdício está no amor que n damos'

sorte nessa nova jornada! =***

Thaís Butterfly εїз disse...

Olha, me comovi muito com seu texto porque há mais ou menos 1 ano e meio aconteceu o mesmo comigo, namorei 4 anos e um dia simplesmente acabou, me senti vazia, sozinha, sem rumo. Me senti inutil, um nada. Dois meses depois que terminamos ele estava trocando juras de amor com outra menina, me senti traída. Resolvi mudar, sair e me conhecer, hoje estou aqui, e estou feliz namorando outra pessoa que me ama na mesma medida .


Desejo-te sorte