23 de março de 2009

Felicidade por aqui.


[1]
E quanto a felicidade, eu tenho algo a dizer:
Ela precisa vir e vir logo! Precisa voltar pro lugar de onde ela jamais deveria ter saído. Tem de entrar pela porta da frente e outra vez me obrigar a sorrir. A felicidade precisa estar aqui! E eu já comecei a jogar sujo pra fazer ela voltar.
Eu sei que ela só vem quando a gente menos espera, então comecei com aquele joguinho de não procurar por ela e sim fazer com que ela me procure. É fato que a essa altura ela já está com saudades de mim, já fazem alguns dias que nós não temos o prazer de nos encontrar por aí e eu sinto que ela já está sentindo falta daquelas nossas loucas conversas recheadas de super sorrisos. A felicidade bem sabe que poucos lidam tão bem com ela como eu!
Depois de deixar que ela me procure e que ela me encontre, preciso jogar com cuidado pra que ela nunca mais se vá. Já notei que a felicidade apesar de super gente boa é daquele tipo que precisa de novidade e vive pedindo um tempo! Todo relacionamento é turbulento, mas relacionamento com a felicidade é pior ainda, ela vive querendo fugir da gente! Ninguém quer passar o resto da vida com algo que faça do relacionamento uma brincadeira de gato e rato, por isso da última vez não tentei fazê-la ficar, não hesitei, não quis brincar. Eu andava meio cansada dessa coisa de correr atrás dela feito uma louca sempre que ela decidia que queria ir embora. Poxa, tava mais que na hora de ela notar que eu preciso dela e que só isso deveria ser o suficiente pra ela ficar ao meu lado pra sempre, mas a felicidade é meio lenta quando se trata de curar algumas feridas de sentimentos alheios. Muitos dizem que não, mas a conhecendo bem como conheço eu digo, a felicidade é meio egoísta sim.
Daí que quando descobri esses segredinhos e também a melhor táctica para sua volta, eu senti, a felicidade voltaria. Minha felicidade de ver ela voltar seria tanta, mas tanta, que eu gritaria de paz enfim.
E aí tanto faz se a felicidade é egoísta, se daqui a pouco ela iria me pedir um tempo ou se iria sem nem tempo pedir, se iria e só. Eu decidi que a viveria agora, enquanto ela estivesse aqui, sorrindo junto comigo como era antigamente. Eu sei que ela daria mais valor a isso e saberia enfim que a melhor companhia pra mim era ela e vice-versa, como nunca deixou de ser.


[2]
A felicidade, sempre que tentei tocá-la, fugiu da minhas mãos. Houve um dia que de tão cansada de andar de mãos fechadas para que quando ela chegasse não pudesse fugir, eu simplesmente abri as mãos e respirei fundo, quando dei por mim ela estava ali, entre minhas mãos e sorrindo para mim. Ela estava ali o tempo todo, mas eu fechei as mãos com tanta força que a sufocava, que não a deixava respirar ou rir ou me fazer companhia.
Desde esse dia nunca mais fechei as mãos e nem me fechei pra nada. Sim, a felicidade algumas vezes me deixou sozinha, é que tem muita gente que fica feliz com minha felicidade e portanto ela precisava se fazer presente em alguns outros lugares onde era solicitada, mas eu nunca mais me senti só.
Podia as vezes ficar triste por ela ter ido, mas o alívio era tanto de saber que ela viria, cedo ou tarde, como nunca deixou de ser.

A felicidade nunca mais me decepcionou. Parte disso, por culpa minha.

Um comentário:

K. R. disse...

Felicidade. Tantos sentimentos se escondem (ou se escancaram) por trás dessa palavra. De fato, deve-se dar o máximo valor a ela. Já que não se sabe a hora que vai, volta..
;*