19 de junho de 2008


Estranho como só quando as coisas dão errado é que a gente começa a perceber como certas coisas simplismente não são pra ser. E quanto mais erradas as coisas dão, mais vontade a gente tem de mudar tudo. Basta as coisas voltarem ao normal, que pra você tudo bem se continuar tudo igual. Comodismo é mesmo algo muito sério. Você sabe que tem que mudar, sabe que tá mais que na hora... mas enquanto isso não tiver chegado no limite, você leva e vai levando, mesmo que canse. Tem horas que eu olho pro passado e fico realmente maravilhada comigo. Eu fui feliz. Fui sim. Fui muito! Ninguém pode dizer o contrário. Eu tive vários daqueles momentos em que quando se recorda os olhos enchem de lágrimas e a vontade é só uma: voltar no tempo. Infelismente, algo impossível. É nessas horas que me orgulho do meu comodismo. Mas aí me bate as coisas ruins, que diga-se de passagem, não foram poucas. O pior de tudo é pensar nas futuras, que eu bem sei, que não tardarão a chegar. É nessas horas que eu detesto meu comodismo. Acho que foi disso tudo que eu tirei o nome desse blog. Do comodismo, do passado, do futuro. Da minha história. Não somente a minha, mas de todas as pessoas que de alguma forma entraram em minha vida e fizeram história... escreveram uma linha nesse longo conto que é minha vida. Não posso esquecer também que a idéia surgiu à partir de uma das minhas músicas favoritas e que me remete muita coisa. Apesar do comodismo, do medo e da saudade, eu gosto da minha vida como ela é. Eu gosto das coisas que eu venho vivendo e recebendo de cada pessoa, até mesmo as ruins. Têem me ensinado tanto. Se não fosse meu comodismo talvez eu não tivesse tido os amigos que eu tive, nem vivido todas as loucuras que eu viví... meu conto não teria tantas linhas e eu não teria encontrado as melhores pessoas do mundo, e também as piores. Tem horas que eu queria voltar no tempo pra fazer tudo igual. Em outras a vontade é de fazer tudo diferente... mas infelismente não é possível pra nenhum dos dois casos, porque depois que uma linha é escrita, seja ela com comodismo ou não, ela nunca mais pode ser apagada. Pelo menos não se for de alguém que realmente contou na tua vida.

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