6 de outubro de 2011

I wanted you to fight for me.



E você me fala com essa voz de quem mede as palavras por medo da minha reação. E conta qualquer coisa boba pra fugir do que realmente interessa. Você fica esperando. Esperando que eu fale as verdades, esperando que eu tome iniciativas, esperando que eu diga o que você quer ouvir. E eu? Eu só quero que você lute por mim.
Nada de armaduras ou cavalo branco. Sem roupa de gala ou braços exageradamente fortes. Eu só quero que você lute usando as palavras certas, não atrasando mais que meia hora e sem orgulho bobo quando sentir saudade. Eu só quero que você lute pra mostrar que também me quer, que também fala a verdade, que vai estar aqui quando o dia terminar e eu precisar de alguém pra jogar conversa fora. Quero que você lute pra mostrar que vale à pena se eu perder algumas noites de sono ou até mesmo enlouquecer de ciúmes. Quero que você lute pra mostrar que é homem suficiente pra lidar com o sentimento que lhe ofereço, sem fazer pouco caso disso, por saber que para mim é importante.
É que eu sempre tive essa coisa de correr atrás do que eu quero. De dizer verdades sem medo. De deixar claro o que tenho pra oferecer e também quais as minhas limitações. É que eu costumo dar o meu melhor, por escolha própria, por achar o mais justo. E não é que eu exija o seu máximo, não. Se você achar que eu mereço menos, tudo bem, desde que você me diga isso claramente. Desde que jogue limpo e diga quão disposto está a fazer por nós dois, mesmo que não esteja disposto a nada. É pra você ser você mesmo, pra que assim eu possa ser eu mesma também. Sem armadilhas ou joguinhos. Quem sabe alguns de sedução, mas só depois que já estiver claro até onde iremos, pra que ninguém possa dizer depois que não sabia dos riscos assumidos. Não é como se estivéssemos numa briga, mas num consenso, onde lutar por você significa ser sincera e lutar por mim tem de significar a mesma coisa.
E com toda a praticidade que não cabe ao amor, vá logo ao que interessa. Só ligue se sentir saudade, só beije se sentir vontade. Se quiser me ver, me convide. Se quiser me amar, faça-me querer te amar também. E sei que também cabe a mim algumas iniciativas, mas toda mulher precisa de braços abertos no fim da estrada pra se sentir segura ao dar o primeiro passo. Mostre-me que os braços não se fecharão, mostre-me que estará lá por mim mesmo que isso não passe de um lance sem prazo de validade, mas com destino certo e azedo. Preciso saber que vale à pena viver o momento, mesmo que curto. Mostre-me que mesmo pra pequeno caso você deve ser meu preferido, porque é bom de briga e merece o melhor prêmio.

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