2 de julho de 2009

Me confunde que eu gosto!

De repente vem a tua presença outra vez e as mãos começam a tremer. Sei, pareço ter 12 anos novamente e estar vivendo meu primeiro amor, mas você é incapaz de imaginar quanto tempo eu esperei até sentir algo assim. De repente eu já não consigo mais me concentrar em nada e as palavras saem embaraçadas, digitar se torna o maior desafio do mundo. Sinto borboletas no estômago, cócegas nos olhos e ar no coração. Até parece que vou sufocar de tanto sentimento. Pra sentir tudo isso? Basta você olhar! E, sinceramente, não queira saber da reação pra quando você sorrir pra mim.
Daí cê não entende, afinal aparentemente eu continuo ótima e até consigo falar algo legal, a gente dança em passos perfeitos e eu até consigo sorrir espontaneamente para os outros conhecidos. É, eu sei, eu disfarço bem. Depois de escrever, atuar é o que eu mais gosto de fazer!
Sabe quando você faz alguma pergunta e eu te olho com cara de quem sabe o que vai dizer? Pois bem, também é uma farsa! Eu nunca sei responder quando se trata de você, muito menos quando é pra você. Ainda que você me pergunte a coisa mais óbvia, como que horas são por exemplo, ainda assim me perco toda, mas mantenho o olhar firme e dou aquele risinho de canto de boca infalível, assim nem você e nem ninguém notará a festa que eu estou dando por dentro e o caos que você causa em minhas estruturas internas.
Tenho que parar com tanta euforia, eu sei. Afinal qualquer hora dessas vou acabar desmaiando sobre você e você me olhando com cara de quem não sabe o que essa louca tem. Provavelmente quando eu acordar em teus braços vou desmaiar de novo, achando que eu só posso é ter surtado de vez!
E agora eis o que me destrói: Tua calma. Você parece tão sólido, concreto, absoluto. E eu sou tão frágil! Nada em você demonstra sentimento, nada em você demonstra desejo, você é aquele ser impenetrável, que a gente busca nos olhos uma resposta e só fica mais confuso. Se eu acho ruim? Nunca! Dizer que eu não gosto seria me fazer de tola diante de mim mesma, a verdade é que eu amo. Amo esse teu jeito distante, inalcançável, porque bom mesmo é o que é difícil. Não que você seja difícil, mas ao menos você age fora do normal. A sua segurança com as palavras, teu sorriso discreto apropriado, como pode alguém conseguir manter tanto equilíbrio? Embora eu tenha certeza que abalo você, as vezes chego até a ficar confusa.
Mas é aí que tá, eu gosto da confusão. Gosto de não saber como agir, não saber como falar. Gosto do sabor do diferente, do novo e indecifrável. É, indiscutivelmente, por essa tua cápsula protetora que você mexe comigo.
Eu tô cansada de saber o que fazer, como agir, o que dizer. Eu nunca sei o que você espera de mim e é assim que eu te descubro todos os dias, em todos os sentidos. É essa insegurança causada por você que me mantem tão atraída.
Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece, pois bem, eu não acredito nessa filosofia. Porém na filosofia de que um estranho é capaz de abalar tuas estruturas de tal maneira que você mal consegue manter a respiração, sim eu acredito! Na filosofia de que paixão é um mal que vem e devasta tudo, te fazendo guardar pra sempre a lembrança do fogo no vento que te levou... Nessa filosofia, depois de vivê-la, eu não só acredito como posso dizer, não tem nada igual.

Um comentário:

Biani Luna disse...

adoray
so n concordo na parte que diz que a paixão é um mal!
é otimaaaaaaaaaa!!!hahahaha