3 de julho de 2009

Explicando minha resposta para a Doutora.

Eu te grito, você me pede calma. Eu digo que te odeio você diz que é melhor ir embora pra gente conversar quando eu estiver mais flexível. Eu quero te matar, mas você sempre acaba ganhando e ao invés de cometer um homicídio, acabamos fazendo amor.
Não sei como acontece, não lembro a ordem dos fatos, só sei que é assim!
Num minuto eu te odeio e quero que você suma, no outro estamos agarrados nos beijando loucamente, quando dou por mim nós já fizemos o amor mais gostoso de todos. O calor da briga causa isso! Você começa me olhando com aquela carinha de quem pede desesperadamente pelo fim da briga, eu quero que você morra. Daí você chega perto, tenta me abraçar, eu grito alguma coisa que você responde com um 'Para com isso amor'. Eu começo a planejar a maneira mais eficaz de você ir e nunca mais voltar, você é mais rápido e começa a falar baixinho no meu ouvido, eu ainda tento ser forte mandando você parar, mas de nada serve. Você vai me abraçando devargazinho e em cinco minutos consegue me roubar um beijo.
Não preciso dizer que daí pra eu estar sem roupa não soma malditos 5 minutos, né?
Que domínio louco é esse que você tem sobre mim? Eu juro que tento me segurar, não ceder. Juro que planejo todas as formas de não irmos parar na cama, no sofá, na mesa ou em qualquer outro móvel resistente da casa, pelados e suados, mas não dá! Eu simplesmente não consigo manter a negativa sólida, você me pedindo calma primeiro me causa ódio, depois arrepios. Nem eu mesma consigo entender! De uma forma ou de outra você consegue me ganhar num segundo, mantendo total controle sobre meus sentidos e idéias que passam a momentaneamente perderem total sentido.
Eu já cheguei a achar que nosso maior defeito fosse as brigas, mas a verdade é que não. Todas as vezes que brigamos acabamos por reacender a chama, acabamos por mostrar pra nós mesmos que não resistimos um ao outro, é indiscutivelmente quando você parece estar com ódio de mim que eu mais gosto de te seduzir e te provar que no fundo você me ama como nunca poderá amar a mais ninguém.
Então eu achei a resposta! É isso, lógico, não poderia ser outra coisa!

Eis o fio da meada.
- Jéssica querida, me diga, quando essa relação acabar o que é que te fará mais falta?
- Ah doutora, disso eu não tenho dúvidas.
- Já sei, as conversas não é? Os beijos, carinhos e programas de casais? Eu entendo, todas vocês são assim...
- Não, não doutora. Nada disso!
- Ah, não? Então, é do quê?
- Das brigas, da raiva momentânea, do calor da confusão e claro, da reconciliação.
- Ah sim, lógico... é claro! Claro! Como não sentir falta disso, né?
- É doutora, é impossível não sentir falta disso. Basta lembrar que eu sinto vontade de começar uma briga agora mesmo, por já saber como ela vai acabar.

Um comentário:

Biani Luna disse...

meu deussssssss!!!
parece eu falando quando tinha 17 anos =))) igualzinho!!!
até que um belo dia eu descobri que melhor do que fazer as pazes com o nosso amor, é viver em paz todo tempo com ele.
isso sim, é a melhor coisa do mundo...

beijosss