11 de maio de 2010

Mais meu. Menos alheio.

Talvez eu não devesse ter me acomodado, afinal onde está agora a garota mimada que batia o pé e só queria se fosse do seu jeito? Me mandaram ser flexível e o fiz, mas acho que passei do ponto. Deve ser por te amar demais, talvez por não me amar ou quem sabe, e muito provavelmente, pelas duas coisas em uma só. É algo com o qual convivo sem relutar ou entender, me basta sentir, ainda sem saber direito o que é. Como disse me tornei mais flexível que o ponto, seja ele final ou de interrogação. Cabendo sempre onde você o queira colocar.
Até imagino seu rosto ao ler isso, meio sem entender as palavras e se perguntando o que é mesmo que eu quero dizer, talvez eu devesse agora mesmo começar a ser direta, mas ainda tenho medo de te perder mesmo querendo que isso aconteça. E é aqui, nesse momento, em que me acomodo. Veja a situação: estamos juntos não estando, eu o tenho mesmo você nem me pertencendo e continuo sendo tua, já não sendo. A situação não é a melhor do mundo, mas continua sendo a mais fácil. E bem, você nunca me disse que seria bom ou prazeroso, apenas disse que seria e que se isso me bastasse, estava resolvido. E por muito tempo realmente me bastou, agora é que eu não sei, não sei onde encontro a solução ou o desfecho. Não sei sequer onde te encontrar.
A culpa não é sua, sempre deixando claro o que tinha pra oferecer ou não, eu é que pensei... Esquece, pensei errado! E sei você vai terminar isso sem mudar nadinha do que pensa ou de como age, talvez eu nem devesse te escrever, mas preciso mesmo colocar pra fora, entende? Como quando você não segurou o olhar de saudade ou não conteve o beijo de verdade, assim estão minhas palavras: Quase que pulando de dentro de mim bem pros teus braços. Daí você lê e depois rasga, nem precisa lembrar por muito tempo, mas é bom que lembre por uns dez minutos pra entender mais tarde, quando não me restar força alguma e eu acabar dizendo adeus.
Talvez você ligue hoje à noite, ou não. Talvez esteja mais romântico no final de semana. E talvez daqui pra lá eu já tenha encontrado coragem. Mas até lá me pega no colo vez em quando, usa algumas palavras bonitas e me olha nos olhos. Muda um pouco a rotina, faz as coisas menos iguais e reforça a ilusão quase contida que ainda tenho de um dia ter você só pra mim
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