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11 de março de 2017

Fazendo uma breve visita.


É engraçado ler algo que eu mesma escrevi, cinco anos atrás, e não me reconhecer ali.
Talvez por isso eu tenha deixado de escrever. Fui me dando conta de como tudo é passageiro e assim, sem medo, pude admitir: eu mudei tanto!
Sim, ainda sinto uma necessidade grande de contar coisas sobre mim vez ou outra, de forma despretensiosa, mas não sei... acabo conversando comigo mesma e é suficiente.

Vivo me perguntando em que momento da vida eu deixei a minha intensidade. Onde terá ficado aquela necessidade enorme de amar e me sentir amada? Onde foi parar todo aquele turbilhão de emoções que eu tentava nomear e controlar, na maioria das vezes sem muito sucesso?


Vez outra alguém me escreve pedindo que eu volte. Vez ou outra eu mesma me peço pra voltar. É algo que quero muito até, mas já não me sinto tão segura ao falar do que sou e sinto, de como vejo o mundo e absorvo as coisas. E olha que, trocando em miúdos, cresci bastante nesse sentido. Mas também criei a consciência de que mudo, muito muito, all-the-time. Antes eu tinha a sensação de que era tudo eterno, sabe? Amores pra sempre, dores sem fim, sentimentos inesgotáveis. Hoje sei bem que não é assim, e é bem mais complicado escrever sobre algo que você tem consciência de que amanhã pode já não ser, pode, inclusive, nunca sequer ter sido, mas você escolheu viver mesmo assim.

Não nego que, mesmo assim, escrevo. Tenho alguns muitos punhados de palavras guardadas sobre momentos que eu precisava escrever. Sinto que isso é natural quando se tem esse hábito, mas hoje, e isso talvez seja um pouco bobo da minha parte, tenho medo de compartilhar alguns dos meus pensamentos. Numa época em que as pessoas veem maldade em tudo o que se chega a elas, você começa a podar o que deixa que os outros saibam de ti, pra que não se achem no direito de julgar as escolhas que você faz, pois se tem algo que não muda aqui é que eu continuo dando língua pra quem acha que pode dizer o que é melhor pra mim.

Sim, eu ainda admiro o amor com todas as minhas forças, mas minhas ideias sobre o amor mudaram tanto que, embora ele ainda seja essencial pra mim, já não penso tanto sobre isso ou sobre como é ruim se sentir sozinho. Aliás, vale dizer, hoje eu amo a solidão. Só pra vocês saberem, eu ainda amo. Hoje, talvez, um amor bem mais real e consciente, mas ainda assim amor. Inclusive, aprendi bastante sobre o fato de existirem muitas formas de amar, mas isso é assunto pra outro dia.

Ainda ouço as mesmas músicas, embora, não nego, alguns sucessos atuais realmente mexam comigo. Continuo com aquela queda pelo passado, mas não por fantasiá-lo, como de costume, e sim por lembrar e saber que antes era tudo bem mais fácil. Se soubesse antes o que sei hoje, teria perdido muito menos tempo com os dramas adolescentes e me jogado várias vezes mais atrás dos trios pelas avenidas da vida. Se tem algo que o tempo me mostrou é que essa fase realmente não volta e quanto mais o tempo passa, mais o netflix e minha cama me convencem a não sair de casa. Sinto saudade de quando toda aquela energia me movia, da sensação ingênua de que eu podia tudo.

Ainda me sinto sozinha nos dias de chuva, mas é uma solidão que me acalma. Nesses momentos penso no quanto sou minha, no quanto tive a sorte de viver muito do que sempre me encantou. Nessas horas é que eu consigo me dar conta do quanto eu cresci e do quanto eu sou grata por ter vivido exatamente tudo o que vivi e chegar aqui com a sensação de que as coisas foram exatamente como tinham de ser.

Lembram que eu sempre questionava a vida sobre meu futuro, sobre meu destino, sobre qual seria o meu lugar e a finalidade de tudo isso? Hoje eu sei, sem sombra de dúvidas, que a resposta para essas perguntas é sempre: aqui, agora!

Qualquer hora dessas eu reapareço, já sem todas aquelas certezas absolutas, mas ainda com uma imensidão dentro de mim. Espero que vocês entendam...

8 de outubro de 2015

Sem medo.

Imagem retirada do site We Heart It.
Ser tão "do coração pra fora" assusta as pessoas.
Sério.
Elas nos olham como se sentimentos fossem crime e o choro uma fraqueza.
Estão todos muito acomodados em se mostrar inatingíveis.
Sofrer está fora de moda. Paixão é coisa do passado.

E de fato, temos de nos desapegar daquilo que já não nos serve. Mas isso não faz das pessoas descartáveis. Desapego não torna o amor brega. Desapego é se amar, inclusive. E quem se ama, inevitavelmente, transmite amor ao próximo.

Então não, eu realmente não ligo de cantar "quem é mais sentimental que eu?" aos gritos num show do cover de Los Hermanos. Na verdade, eu tenho orgulho. Eu gosto de sentir! E que atire a primeira pedra quem não sente falta de se entregar sem medo de vez em quando.

Não sei de onde tiraram que é pecado ser sincero. Desde quando decidiram que ser declaradamente apaixonado é coisa de louco? O único jogo de que gosto é Poker nos sábados à noite. Então não, eu não vou esconder o que eu sinto para que alguém me queira. Se me quiser vai ser assim:
estou-apaixonada-por-você-e-eu-falo-mesmo-porque-sempre-falo-pra-caramba-principalmente-quando-estou-apaixonada.

E acontece o mesmo se eu quiser só me distrair. E também se for amor. E se o beijo for ruim.
Não que eu diga "o seu beijo é ruim", mas isso fica bem claro quando a gente diz que faltou química ou algo assim.

A questão é que eu acho tão bonito quem se mostra. Quem se atira sem medo. É por esse tipo de pessoa que me encanto e foi esse tipo de pessoa que decidi que eu seria. Quem não gosta de gente verdadeira?

Quem corre de quem consegue bancar o que sente é porque não se conhece o suficiente e tem medo. Se faltar sentimento é só dizer, ninguém morre por ouvir a verdade. A dúvida, no entanto, corrói a alma.

Falta de coragem não ganha nada - nem pessoas, muito menos sentimentos. Quem quer ser correspondido precisa deixar claro o que sente. Ninguém sabe o que calado quer, diz sabiamente um ditado. Se mostre e deixe que o outro decida o quanto vale a pena sentir por alguém que não tem medo de sentir nada - ou tudo, como no caso.

E se ser louco é estar apaixonado sem culpa... como é boa a loucura. Vocês nem imaginam!

14 de maio de 2015

Depois


E então você voltou, como secretamente desejei durante todos os últimos meses.
Eu queria mesmo que você voltasse. Eu neguei, é claro. Menti incontáveis vezes sobre o quanto eu já nem lembrava mais de você. 
No fundo, naquele lugar onde ninguém pode ver, haviam muitos minutos de espera destinados a você.

Teoricamente, seria épico. Você sabe: alguns milhares de pedidos de perdão (seus), muitas lágrimas (nossas), (meu) orgulho refeito e um "Adeus!" - cheio do amor próprio que eu passei meses ensaiando. Seria digno de uma cena de novela. Você o vilão e eu mocinha que deu a volta por cima. Tudo sob controle. Sem espaço para meios recados.

Deu tudo errado, é claro.

As mãos tremeram, os olhos marearam. Era você de novo - carne, ossos e todas as mentiras. 
Era você e o seu toque, a sua voz, o seu abraço. 
Era você e o que nós fomos, tudo o que se perdeu e as coisas que não vivemos. 
Era você e a minha falta de ar, de tempo e de medo. 
Era você e eu, vivendo o nós de novo.

E até que o dia seguinte chegasse e eu pudesse contabilizar o estrago, só queria aproveitar. Só queria o faz de conta, o tempo que parou.
E senti então a sensação de estar desarmada por completo mais uma vez. Me senti apaixonada e perdida. Meio louca, meio arrependida e cheia de coragem. Me senti a pessoa mais forte do mundo quando, naturalmente, todo o meu orgulho perdeu completamente o sentido.
Fui o de sempre: com você, eu mesma. E amei você em cada detalhe de cada segundo da nossa infinita e breve noite.

Já com todos os meus cacos recolhidos, você me olhando como quem se perdeu pelo caminho, era novo dia, hora do beijo de adeus. E então partimos, pela primeira vez juntos, cada um para o seu lado. Eu não saí da sua vida. Você não me deixou. Partimos, como tinha de ser, cada um para o seu mundo, sem culpa ou receio. Era hora de voltar a viver.

E a realidade agora é mais bonita, sem toda aquela necessidade de provar algo pro mundo. Nós ainda queimamos um ao outro como fogo e gasolina, mas agora conhecemos bem demais os nossos limites para esperar por um depois. 
O nosso reencontro, casual e inesperado, é o nosso depois. 
Depois da bagunça, dos dramas, do tempo necessário para dizer adeus sem machucar ninguém...

Posso agora admitir que talvez eu jamais tenha como normal a tua presença, nossos corpos próximos um do outro. 
Sem toque, só saudade.
Nossos olhares sempre nos denunciarão. Há sempre algo capaz dessas denúncias.
Mas bem, agora sabemos, o "depois" é mesmo bonito. 
E é quente, de tirar o fôlego e manter na memória. Mas não passa disso. 
Talvez nós combinemos mais com reticências que com ponto final...

Não há nada a ser esperado, nem desesperado, afinal. 
O nosso depois não tem hora marcada, não tem data de chegada, não tem razão. 
Só você e eu, uma saudade não se sabe de quê, corpos que se entregam e a certeza de que tudo acabará exatamente como sempre esteve desde que não somos mais um "nós": completamente bem.

18 de agosto de 2014

Não tão mágico assim.


Me refiz, pela milésima vez.
Mas tu nunca entenderás. E eu não te julgo. É complicado demais entender as mulheres, dizem as revistas. Mas bem sei, tu sabias como ninguém o que me fazia feliz.
Só que agora não tem mais mágica nisso. Você se foi, também pela milésima vez. E eu tive de me acostumar, embora no começo bem tivesse pensado que seria por pouco tempo. Não foi. Já fazem semanas. Parecem vidas. A saudade quase me enlouquece. E doeu muito até que não doesse mais.
No fim das contas não enlouqueci, por pouco. Ou talvez tenha enlouquecido, um pouco. Mas já não choro com a mesma facilidade da adolescência, e a falta de lágrimas me faz sentir forte. Talvez eu nem seja, mas gosto de acreditar nisso. Gosto de acreditar também que as coisas foram como tinham de ser, mesmo que no fundo eu não concorde com isso.
Tu me conheces bem, eu não imploraria. Não que eu não quisesse, mas tenho orgulho em demasia. Pelas minhas contas, mais orgulho que saudade. E não compensa, sempre soube, mas serve de consolo não ter me agarrado a você ao ver suas costas. Serve de consolo que você tenha levado tudo de mim, menos o orgulho. Foi o que restou para que eu reconstruisse meu castelo. Solitário talvez, mas seguro o suficiente para não desmoronar com o som da sua voz.
E meu bem, saibas que as músicas ainda falam de nós, só que agora tem tanta melancolia que perderam a graça. E eu não sei o que fizestes para se livrar do que ficou de mim nos seus espaços, mas torço para que tenha sido menos dolorido que o que foi pra mim. Tu ainda és o vilão dessa história, não te tirarias esse papel por nada, mas eu não aguentaria saber que a tristeza te acompanha. Saudade sim, te deixo sentir, e dela até chorar. Mas tristeza não é o que quero que fique de mim. Pelo contrário, quero que minhas lembranças virem sorrisos e deles tu queiras sempre mais.
E não, eu não vou voltar. Não mais. Nunca mais. Mas seria bonito te ver implorar, ao menos uma vez. Não que eu seja mal,  nunca fui e tu bem sabes. Mas tu me deves muito. E implorar não pagará, mas deixará ainda mais forte o meu castelo de orgulho. Te convido pra um chá se você quiser, mas não garanto que não te servirei veneno. Do teu, é claro, afinal: o que não te mata, te fortalece.

7 de agosto de 2014

Stronger than yesterday



Ainda sou boa.
Ainda sou menina.
Mas a armadura agora, perceba, está bem polida.
E o coração, depois de tanto se doar, está pronto para receber.
Eu ainda sei amar, não se engane.
Só que dessa vez comecei por mim.
E desculpa, não sei informar em qual posição da fila você está.
Não. Não entenda mal. Você ainda é o único, mas de alguma forma isso já não é mais tão importante.
E pra me cuidar precisei reposicionar as prioridades.
Se cuida você também. 
Só não te empresto minha força porque ela tem sido a melhor coisa que eu já experimentei.

12 de agosto de 2013

Do verbo: "Fui ser feliz!"


Ah, se você soubesse... As coisas aqui se complicaram, laço que virou nó: um filtro outra vez se fez necessário. 
Esqueci de avisar que sou intensa. Esqueci de deixar claro que nada aqui se estende por intervalos muito longos. Eu vivo tudo ao máximo e em pouco tempo já não há mais muito ao que se agarrar. 
Esqueci de avisar que minha morada é temporária e que, depois de tantas quedas, os joelhos estão calejados. Já não perco tanto tempo com o tal do bendito sofrimento!

O resultado foi confusão, claro! Acharam que tinha de doer mais um pouquinho. Acharam que seguir em frente é egoísmo, e houve até quem tenha dito que sou de mentira. Olha o absurdo: sou de mentira por ser exatamente quem eu sou! Sou de mentira por querer ser feliz e não ter medo de viver o que eu quero, é mole? 
E no meio disso tudo só posso concluir que cada vez mais as pessoas esquecem o que é ser de verdade.

Também, nem dá nada! Se visses o sorriso que venho trazendo comigo certamente dirias que não posso ser assim, de todo mal. E não sou! Sou do bem, coração leve, ser inteiro.
Mas me jogaram numa selva e eu não li nada sobre "proibido ser feliz". Pelo contrário, ouvi bem dizer o poeta que "Só era triste quem queria" e olha, desculpa, tristeza não combina comigo. Na intensidade com que me acostumei a viver, tristeza é um buraco no qual não quero cair. Quero ficar aqui de pé, coração batendo forte e atitudes espelhadas no que eu sinto. Me perdoem os que não podem conviver com isso, mas por nada me privarei de ser feliz. 

E tudo é tão passageiro, as pessoas mudam tão rápido, as palavram logo se perdem... Tenho mesmo de viver de acordo com o que prescrevem? Tenho mesmo de amar e sonhar como dizem ser o conveniente? Pois deixo o aviso: Não dá pra mim! 
Quero tudo o que sei que posso querer. Quero mais um pouquinho também. Quero fazer o que me der vontade e sentir todas as coisas com a urgência com que elas vierem. Quero ser eu mesma e ser chamada de louca, inconsequente. Quero estar em todos os lugares e não deixar nenhum vazio. 
Quero incomodar se for preciso, mas desistir nunca!

Ninguém tem o direito de julgar quando eu é quem arcarei com as consequências de ser quem sou. E estou disposta a pagar qualquer preço pra sentir essa felicidade aqui: leve feito brisa! 

16 de abril de 2013

Dê tempo ao tempo...


A gente demora muito pra entender que não basta apenas nossa vontade. Algumas coisas, por mais que queiramos muito, demoram vidas para acontecer. E outras, por mais que queiramos insistir, já não têm mais motivos pra ser.
A pessoa certa não aparecerá num domingo tedioso pra salvar seu dia. A pessoa certa precisa percorrer todo um caminho incerto pra ter certeza de que somos o melhor caminho. A pessoa certa vai chegar depois de muitas pessoas erradas e, ainda assim, não vai se incomodar com o que houve antes... Sabe que o atraso não é culpa de nenhum dos dois.
A vida é meio doida, vive errando a hora, vive fazendo a gente esperar. É uma forma dura de mostrar que nada realmente bom vem com a facilidade que queremos. É nas coisas pelas quais mais lutamos e esperamos onde vemos refletida nossa força e bom desempenho. E em meio ao processo de espera a gente vai passando por cada uma que vale por duas, e em pouco tempo, que pra nós mais parece a eternidade, vivemos mil coisas para que ao menos uma valha realmente à pena. Como um cd que a gente compra pra ouvir uma única música. Como os mil sorrisos que a gente ensaia, pra sorrir bonito quando o sorriso for verdadeiro. E espera que as tentativas sejam logo recompensadas, pois é cada vez mais duro acordar sem saber o que tem feito de errado quando sabe que tem feito o seu melhor.
Pelo caminho vozes de todos os lados: Gente que diz como você deve ser, o que deve vestir, como deve fazer. Gente que não dá conta do que passa na própria vida, mas sabe exatamente o que a gente deve fazer. E nós, por medo dos dedos que nos serão apontados, vamos consentindo e esquecendo que o que realmente importa é o que temos dentro de nós. Que o que realmente importa é o que nos faz feliz. Jamais escolha o caminho mais fácil se ele diferir do que te faz realmente feliz. Mesmo que te digam o contrário. Mesmo que a fé, vez ou outra, pareça rasa e pouca. Um dia de cada vez: Hoje talvez os sorrisos não sejam os mais verdadeiros, mas amanhã uma música pode mudar tudo. Não são as grandes coisas que definem o quanto devemos estar felizes... Ser feliz com pouco é começar a entender que felicidade grande é feita de pequenas coisas. Se é o céu que você quer, você vai alcançar. Mas comece encontrando disposição pra subir escadas sem reclamar do quanto isso te faz doer os joelhos.
O tempo se faz nele mesmo, aos poucos e com muita luta a gente vai fazendo com que ele valha à pena. Como as pessoas que entram na nossa vida e com pouco tempo se vão, mas deixam um aprendizado tão grande que nem em vidas inteiras seria conquistado se elas não tivessem passado por aqui. Mas saiba abrir mão, saiba deixar partir. Dizem que, muitas vezes, quando se perde na verdade se ganha... E que verdade! Nenhum tempo foi perdido. Nenhuma chance foi à toa. Mas não se prenda ao que não tem mais nada pra te oferecer. Roupas, sonhos, lugares e pessoas. Tudo, uma hora, deixa de servir e tem de virar passado, pra que o futuro venha e te dê o mundo, sonhos e roupas da estação.
Depois que você se desarmar dessas armas já enferrujadas, então o novo vai poder entrar, vai poder te moldar, vai te ajudar a crescer. E vai ficar o tempo necessário - quem sabe pra vida inteira, talvez só até amanhã... Tentar prever é loucura. Apenas dê tempo ao tempo e se permita ser exatamente quem você é e viver as coisas como elas realmente são. Mantendo sempre o coração leve, mas os pés no chão. O resto vai acontecer naturalmente. Como a escova de dente que precisa ser trocada de dois em dois meses. Como os filmes que já não estão em cartaz.
O seu melhor é construído diariamente. Lidar com o pior faz parte, nos faz forte. E só assim será possível reconhecer o melhor de longe, pra então ver o seu melhor reconhecido e não precisar dar motivo para não querer partir. Vai ficar pelo que você é, porque tem de ser, porque vê o melhor em você.

22 de março de 2013

It's Over.


Gente que mente como quem dá "Bom dia!". Que trai e atrai coisas ruins pras nossas vidas. Gente que não tem emoção, não entende de sentimentos, não valoriza as pessoas que tem ao lado. Gente que não se preocupa em não magoar os outros e pensa apenas no próprio umbigo. Gente baixa, sem qualidades notórias e relevantes, incapazes de fazer melhores as pessoas das quais se aproxima.
Porque diabos insistimos em manter esse tipo de gente nas nossas vidas? Destinamos amor, o sentimento mais nobre e sincero, para quem só merece pena. Desperdiçamos nossos dias preciosos tentando agradar alguém que não se sentirá, de fato, agradado nunca, pois é incapaz de perceber a beleza de atitudes honestas. Continuamos nos doando pra quem não sabe o que isso significa. Pra quem não merece nem o pior que temos dentro de nós mesmos.
É carência? Medo da solidão? Desespero? O que é?
Passo dias inteiros tentando entender e simplesmente não encontro explicação. Usamos do gesto mais banal pra nos agarrar num fio de esperança que nos mantenha de pé e fortes para tolerar todos os outros gestos, que são de puro descaso e falta de sentimento. Continuamos a dar desculpas para nós mesmos, quando o outro é que deveria fazê-lo, mas anda ocupado demais com qualquer outra coisa para perder tempo com ciúmes sempre tidos como exagerados. E entre mentiras mal contadas e atitudes egoístas, vamos suportando até aonde o coração aguenta. As vezes, até além disso.
Mas chega. Já deu! Decreto aqui o fim do amor unilateral. Findo aqui o desperdício dos sentimentos bons. Ponho um ponto final a entrega sem retorno. Já passou da hora de arrancar do livro das nossas vidas páginas rabiscadas por pessoas vazias, sem inspiração, sem valor. Precisamos, mais que nunca, acordar pro mundo lá fora que é gigante e guarda um monte de gente que, como a gente, já cansou de tanto desperdício de amor.
De hoje em diante só pessoas que nos façam melhores. De hoje em diante só gente que entenda do que a gente sente e sinta orgulho de nos ter ao lado, pra amar e cuidar. De hoje em diante é distância dessas pessoas que nos afastam de nós mesmos, do que somos e sonhamos para nós. Ou está ao nosso lado para somar ou se manda da nossa vida, porque não temos espaço para doar pra essa gente que não merece. Não vale à pena desperdiçar o que temos de melhor com quem não tem nada para acrescentar às nossas vidas.
É o fim dos choros na sexta-feira à noite e em todos os outros dias da semana. É o fim da espera pelo celular que nunca toca. É o fim desse medo da solidão. No fundo todos nós sabemos: Antes só que mal acompanhado. E se não servimos para ser motivo de riso fácil aos domingos, não nos serve para estar ao  lado quando for hora de desfrutar das nossas conquistas.
Comece agora mesmo a arrancar da sua vida tudo que não presta e só pare quando não restar mais nada capaz de lhe fazer mal. Só depende da gente. Só depende do nosso amor próprio. Já é hora de começarmos a fazer o que é bom para nós. Um pouco de egoísmo às vezes faz bem. Se valorize, se ame, se respeite. Faça isso por você já que não tem valido à pena todas as coisas incríveis que você tem feito por essa gente.
E acredite: Nada como um dia após o outro. Hoje a gente cai, amanhã aquele que nos derrubou implora por nossa ajuda para se levantar. É o velho lema, ainda e sempre: "Vida que segue!".

27 de fevereiro de 2013


Eita menina, quem te vê nem pensa, não consegue jamais calcular quanta coisa vem dentro dessa bagagem. Tá pesada, né? Eu imagino. Espero que não demore até que você encontre alguém com quem você possa dividir tanto peso. É bom ter alguém que conheça nossa bagagem, alguém que assim possa entender nossos traumas e medos.
Outro dia te vi de longe, caminhando pela rua à noite. Seu cabelo balançava com o vento e seus olhos pareciam perdidos, procurando algo que não sei o que era. Acho que nem você sabe ainda, mas já torço para que você encontre. Gente que nem você merece encontrar tudo o que busca, porque essas coisas de alma a gente sente só de olhar.
Não desiste não, tá? Já me falaram uma vez que é assim mesmo, que as coisas boas são mesmo difíceis de conquistar. Mas você vai chegar lá, eu sei. Eu e qualquer pessoa que pare para te ver, te conhecer por dentro. Gente assim, que nem você, hoje em dia é raro. Por isso conquistam o mundo, e isso sem nem perceber.
Quando a coisa ficar muito complicada é só orar baixinho. Agradece as facilidades, pede perdão pelos erros, conta de como anda seu coração. E não precisa fazer nenhum pedido, na maioria das vezes a gente erra ao pedir. Pra não cair no erro deixa que teu coração aprenda a querer o que te é dado de bom grado, que essas coisas, por mais sem sentido que pareçam ser, acabam sempre nos trazendo algo grande. Seja pra vida ou por momentos. E aos pouco você vai ver que tudo toma o rumo certo. Gente do bem atrai o bem, é inevitável.
E tenta não chorar mais. Se for pra chorar que seja porque amanhã é um novo dia e você pode ir lá tentar outra vez. Quer motivo melhor que esse pra chorar de alegria? Mas eu ainda prefiro o seu sorriso, por isso sorria... Alegre o dia das pessoas por aí. E cante mesmo que desafinando, pra dor não se acomodar.
Eu sei que na hora não parece, mas tudo vai se ajeitar. As coisas sempre se ajeitam. É rio que vai pro mar, bem que vence o mal, amor que gera amor. E perdoe sempre que as coisas não correrem assim. Perdoe porque perdoar é bonito, faz bem pra alma e enobrece o coração. As pessoas não sabem, mas cada perdão que se dá é uma porta que se abre para a libertação. E não tem nada melhor que ser livre do rancor, da mágoa, das dores. Não há nada mais bonito que poder respirar sem sentir pesar o coração.
Qualquer hora dessas te coloco na mala e levo pra conhecer o mundo, mas enquanto isso não acontece leia muito. Leia tudo que puder e conheça vários lugares, pessoas, histórias e palavras. Encha-se de palavras e use os livros para saber como usá-las - são amigas muito úteis fique você sabendo. Mas o silêncio será sempre sua melhor arma, não esqueça. Ele salva amores, vidas e não custa um centavo, acredita? As pessoas hoje em dia não sabem com o que realmente se vale à pena gastar.
E esse tesouro aí, guarde bem. Mantenha ele assim, sereno. E deixa que ele, por si só, faça a grande escolha. Seu coração é seu bem mais precioso e só ele é que é capaz de fazer com que você se entregue por inteira. Confia nele e guarda, mas guarde bem, pra que o mal não se aproxime e as pessoas vazias não o atinjam.
Vou ficar daqui te olhando sempre, torcendo por você. Não perde esse jeito não. Não deixa que o mundo te endureça. Mostre que quem tem sonhos vai longe. E deixa que a vida te leve pra onde ela quiser, que eu tenho certeza: há de ser um lugar bonito. Vai por mim!

22 de janeiro de 2013

Loser!


De repente a gente se vê gente grande. Paciência pouca pra algumas pessoas. Tempo zero para determinadas situações. E olha pra trás sem entender algumas atitudes, sem acreditar no que foi capaz de fazer e aceitar. Sente que alguma coisa mudou. Não da maneira fácil que torcíamos para que acontecesse. Não tão rápido quanto desejamos que fosse. Mas mudou pra melhor. E aconteceu exatamente quando tinha de acontecer.

Você me perdeu. Tão óbvio quanto a sua falta de maturidade para lidar com isso. Tanto fez, e outras tantas vezes não fez nada, que conseguiu me perder. Eu que sonhei com você noites inteiras e me esforcei da forma mais bonita pra entender absurdos que simplesmente não devem ser entendidos. Eu que te ouvia quando os amigos sumiam e te fazia companhia quando a vida ficava chata. Você perdeu sua melhor válvula de escape, a maior certeza, o amor mais sincero. E certamente ainda não se deu conta disso, sempre lerdo demais quando o assunto não é você mesmo.

Deve tá achando que é armadilha pra te ter outra vez. Seu ego se recusa a acreditar no que sua lenta cabeça já começa a perceber. Deve achar que sofro quando você liga dez vezes e eu insisto em não atender. Se engana tentando acreditar em desculpas que antes eu criava pra sua ausência sempre presente. E certamente inventa desculpas patéticas pra dar pros amigos também patéticos quando perguntam da idiota que finalmente largou do teu pé.

Você perdeu tudo. O coração bonito que entreguei nas tuas mãos, as expectativas bonitas de se ver, a confiança desmedida. Você perdeu tudo e só não se perdeu pelo caminho porque no fundo nunca nem se teve. Não se ama e nem se conhece. Precisa que os outros digam que você está bem e feliz para acreditar que realmente esteja. Triste! E ainda mais triste é o tempo que perdi com você. Te superar foi a melhor coisa que eu podia ter feito por mim mesma.

A falta que você não me faz, sei bem, vai ser sentida desse lado ai. Quando faltar alguém pra te dar carinho mesmo sem você merecer e quando uma outra, com tão pouco sentimento quanto você, tiver apenas seus poucos farelos para te oferecer. Você vai lembrar com saudade da boba aqui, sempre tão compreensiva e disposta a te esperar. Vai chorar de verdade, não como quando o faz pra pousar de vítima. Vai chorar de saudade, de arrependimento, de solidão.

E só pra eu não parecer de todo o mal, vou te contar um segredo: Você anda longe de ser o que pensa que é. E eu, perceba bem, sou bem mais que o que um dia tu vais conseguir merecer. Nem sei onde andei com a cabeça durante todo esse tempo, mas já diz o ditado mais sábio do universo: Antes tarde do que nunca!