30 de novembro de 2012

O fim dos começos.



Então você brinca de conhecer alguém. E brinca de se entregar. E dorme junto, acorda aos beijos, troca carinhos, faz juras de amor. E descobre os defeitos, enaltece as qualidades, conta os problemas e briga por ciúme e qualquer desconfiança. E continua torcendo, com muita fé, pra que dê certo, pra que dure, pra que seja pra valer. Quer com todas as forças que dessa vez seja pra valer.

Então vem o drama. Ligações sem retorno, mensagens sem respostas, ausência, distanciamento. Nada de 'bom dia', muito menos de 'boa noite'. E um milhão de dúvidas novinhas em folha. Medo, desconfiança, raiva, saudade. É muito sentimento de uma vez só pra administrar. E você vê uma barreira invisível se erguendo. A vida do lado de lá acontece, mas você nem sabe mais se quer fazer parte. E qualquer coisa de uma pontinha de mágoa começa a aparecer.

Você sabe que não falta nada. Sabe que não tem concerto. Sabe que não dá pra evitar. Nem mesmo as poucas palavras trocadas durante a semana serão capazes de salvar. Nem mesmo a saudade que você sente e o sentimento que ainda não foi embora. Nem mesmo a vontade de fazer dar certo ou a forma incrível como ele sorri sem graça quando você não consegue parar de olhá-lo. Nada mais é forte o suficiente pra conseguir que ainda dure. E você, mesmo sem querer, sabe que vai acabar conhecendo outro alguém. Que a saudade vai acabar passando. Que o sentimento vai acabar cedendo.

E então, num reencontro qualquer pela vida, vocês trocarão algumas poucas palavras e um comentará sobre como o outro anda sumido. Nada de beijos apaixonados ou vontade de sair correndo de lá agarrado ao outro. Talvez alguma saudade do que passou, talvez apresentar o novo amor. E depois seguir, como sempre, em frente. Ainda sem entender o que aconteceu exatamente, mas dizendo pra si mesma que foi melhor assim. Vez ou outra lamentar o telefonema nunca dado. Se arrepender de não deixar o orgulho ceder. Mas no fundo, de alguma forma, continuar com a certeza de que não era pra ser. 

Então, que seja! Tudo tem de ser bom enquanto dura, pra virar memória bonita e nada mais. Não será a primeira vez, nem a última. É preciso lidar com um monte de pequenas histórias pelo caminho, até chegar na história que completará a sua. E embora não pareça, acredite: Nunca é tarde demais. Ainda é cedo. Pra falar a verdade é sempre muito cedo quando o assunto é amor. 

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