26 de novembro de 2011

Se acertando com os erros.



Você sabe que eu nunca digo adeus de verdade. Mesmo quando eu bato a porta com força e saio gritando que nunca mais, não é nunca mais. É só até eu contar os dedos das minhas mãos umas mil vezes, até criar coragem pra olhar dentro delas e percebê-las vazias. Você não é meu, mas sempre que admito isso pra mim mesma acabo voltando atrás, abro a porta outra vez e me vejo querendo conquistar qualquer coisa em você que te faça ficar mais um pouquinho.
Quase ninguém entende. Eu nunca gostei de fazer muito sentido. Você com seu ciúme e orgulho desmedido fazem qualquer coisa acontecer em mim e eu perco o controle. Vamos brigar pra ver quem terá que levantar e desligar a tv. Vamos brigar também quando eu disser que detesto a forma como você quer que eu adivinhe seus pensamentos. No fundo, quando brigamos por isso, tenho vontade de brigar é comigo mesma, porque eu realmente deveria ter esse dom ou qualquer outro que não me deixasse cometer um erro bobo. Queria nunca errar com você. Mas você sabe, não controlo minhas verdades e lá vamos nós brigar de novo.
Você gosta de brigar que eu sei. Gosta de me ver pedir desculpas. Gosta de me ver com ciúmes. Tem uma necessidade enorme de ver que não está sentindo sozinho. E eu entro na dança, porque nós acabamos sempre nos resolvendo, com somas que não batem e, ainda assim, são suficientes.
Em outros tempos eu te abandonaria. E se fosse qualquer amiga me contando nossa história, eu diria pra ela cair fora e te deixar pra lá. Você tem esse jeito que não muda e que eu detesto, mas me encanta. E todas as nossas reviravoltas parecem coisa de novela, mas eu gosto. E você não acredita quando eu digo que posso mudar porque sabe bem quando eu estou mentindo. E eu sempre sorrio quando você diz que não é chato porque sei bem o quanto você detesta admitir seus defeitos.
E ainda há que diga que não existe destino. Onde é no mundo que nossos mundos se cruzariam? Você na sua, calado e contido. Sempre olhos calmos e distantes. Eu e minha euforia, braços para todos os lados e redes sociais abarrotadas de gente. Somos o tal dos opostos que se atraíram pelo encanto de conhecer o desconhecido. E não há quem me convença de que sem a ajuda do destino eu poderia ter entrado na sua vida e você acampado na minha. Destino virou meu melhor amigo desde então. Mesmo que às vezes eu saia de perto de você para não falar palavras feias e odeie a forma como você sabe que eu sempre acabo voltando com olhos que transparecem arrependimento.
Detesto todas as coisas que você faz comigo e eu acabo perdoando. Me detesto várias vezes por perdoar todas as coisas que você faz comigo. Mas você sabe me olhar como eu espero que um homem me olhe e, como ninguém, sabe me abraçar e me fazer pensar que tudo vai bem. E vai bem mesmo. Comigo ao seu lado, mesmo em guerra, vai tudo na mais santa paz. Sem calmaria nenhuma, mas com a brisa fresca que os amores verdadeiros fazem a gente sentir e ter certeza que será para sempre, mesmo com alguns finais pelo caminho.

Um comentário:

Unknown disse...

oie minha linda... encontrei o blog há alguns dias e me apaixonei de cara, na primeira postagem que vi tive a impresão que vx estav escrevendo pra mim (hehehe), mas a verdade é que vx concegue falar o que "todos" tentam... fala de amor, odio, saudades, error e culpas num mesmo texto...

axei o blog incrivel, meus parabens...

P.S.: continue postando por favor.