24 de abril de 2011

Com saudade.

Tentei contar todos os Kms que tiram nossas noites de paz e deixam o frio maior. Você sabe, essas noites longe de ti, não tem sido fácil. Tem uns pensamentos antes de dormir que saltam dos planos de reencontro pro medo imenso de perder você pra essa distância e  saudade imensa que ficaram nos espaços que eu costumava ocupar.
Queria assistir filmes na madrugada de hoje com você, queria isso todas as madrugadas da semana e queria que a semana nunca tivesse fim. Queria sentir teu cheiro vindo no ar, em meio às nossas conversas sobre o futuro e também sobre o que passou, teu cheiro misturado ao som da nossa música enquanto você me beija e, finalmente, o frio passou. Queria sentar no teu colo no fim do dia, meus braços agarrando seu pescoço e nosso riso fácil, sem nenhum motivo maior, a não ser a imensidão que é não estar longe, poder tocar. Queria você aqui pra dormir, pra acordar, pra brigar por coisas bobas e fazer as pazes com beijos sem fim, mas só tenho a saudade e um celular que alivia esse apertinho e a insegurança que essa distância acaba por causar.
E a gente tenta porque pra nós compensa, embora ninguém entenda. A gente tenta por saber que toda a distância que separa nossos corpos não consegue separar nossos sonhos e nem apagar as lembranças boas que fazem a gente querer sempre mais. A gente tenta porque o tempo passa e vem o reencontro, vem os beijos demorados, vem as noites sem sono, vem o amor sem fim. A gente tenta por ter essa coisa mágica que rola quando nos olhamos e parece ser a primeira vez, quando nos abraçamos e o mundo inteiro parece conspirar a favor, parece nunca ter nos afastado.
E acredito em todas as canções que cantam coisas bonitas sobre amores que crescem mesmo com a distância; leio cheia de fé e felicidade histórias de distâncias que não separaram e que renderam bons finais felizes e faço-me surda pra quem diz que não vai dar certo, que o tempo vai estragar... Ninguém estraga o que existe entre a gente, nada apaga as coisas que vivemos. Meu bem, para mim, você continua segurando minhas mãos enquanto caminho até uma lanchonete à procura de um jantar. Para mim você é a canção preferida que toca no rádio, um seriado que eu assisto diariamente pela sensação boa que me causa, um livro que eu leio e ao chegar no fim queria que não tivesse acabado. Todos os Kms que não me deixam te tocar não são nada quando sonho com você ou quando penso, cheia de esperanças, que o tempo correrá e nossos corpos se abraçarão outra vez. Toda essa distância não é nada quando no fim dessa estrada eu sei que vou encontrar você, os mesmos olhos e a mesma boca, cheio de coisas novas para dividirmos.

Nenhum comentário: