29 de outubro de 2012

Saudade dos tempos de bolha.



Um dia grudado e no outro, distante demais. É tanta gente que fica pelo caminho. É tanto "E aí, como vai?" sem graça que um dia já foi abraço apertado e troca de segredos. A vida leva muito da gente e nos traz coisas maravilhosas também.
Tem perda difícil de aceitar. Tem amor difícil de morrer. Tem história que só teria final feliz se não tivesse fim. E a gente, mesmo sem entender, vai seguindo em frente porque é o que dizem que tem que ser feito, porque diz o ditado que "as coisas são como têm de ser".
O que resta é torcer para que ao longo do caminho as pessoas tenham ficado com lembranças boas à nosso respeito. Que tenhamos conseguido ser o que elas esperavam, o que somos de verdade, o melhor de nós. E nos convencermos de que o que foi, já era! Mas o melhor ainda está por vir, está exatamente no que não conhecemos ou tivemos ainda. Está em quem insistiu em ficar, em quem não se perdeu. O melhor está no verdadeiro e o verdadeiro dura para além dos finais, para além da saudade que a distância costuma causar. Para além da dor da ausência.
Que o que temos em nós seja verdadeiro. Que não nos percamos ao perder alguém. Que nos façamos fortes quando tudo nos levar ao contrário. Que as ausências sejam preenchidas com presenças verdadeiras, duradouras, essenciais. Que o "breve" só seja assim porque todo o tempo do mundo parece pouco quando estamos felizes. Que o felizes para sempre se faça real. E que nem mesmo a distância apague o amor, para sabermos assim que ele é verdadeiro.

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