19 de setembro de 2012

Reencontro.


  Como eu queria te abraçar agora e sussurrar qualquer coisa em teu ouvido. Tocar tua pele como quem ganha o mundo embrulhado em papel de presente, o desejo imenso de desvendar todos os mistérios. 
  Fazer de dois, um sonho. Sorrir junto. Ter teu colo pra chorar. Te olhar e ver o que as cores têm de mais bonito. Beijar teu sorriso, morder tua orelha, arranhar tuas costas. Me fazer pequena pra ser guardada em teus braços. Grande pra te merecer. E ter sempre o corpo quente pra te aquecer.
  Ser abrigo, esconderijo, fuga. Ser refúgio. E passar a mão nos teus cabelos com força. Sentir na minha a tua respiração. Não ver o tempo passar e sentir cada minuto como quem toca a felicidade. Dividir o copo, a dose, as dores. Ouvir tua voz de perto, com os erros de português e o grave dos momentos de raiva.
  Dizer, sentindo teu corpo no meu, do quanto você me encanta. E repetir coisas sobre paixão e pra sempre. Pedir que não tenha medo, que me segure, que me acalme e me enlouqueça. Fazer promessas possíveis e trocar confidências. Todas as formas mágicas de botar o sentimento pra fora sem que ele atropele a nossa história. Tudo que te faça mostrar um sorriso e chegar mais perto. Qualquer coisa que te mantenha ao meu lado, que mantenha a chama acesa, que acalme nossas almas. 
  Cantar canções que me lembrem você. Dizer que esperei por isso a vida inteira. Mostrar que é exatamente o que eu quero. Deixar bem claro que eu sei exatamente como te fazer feliz. Basta que você deixe. Basta que você perceba que o mundo inteiro para pra observar a mágica que existe quando nossos corpos se encontram. 
  E então toda espera parecerá pouca. Parecerá nada. Toda saudade valerá à pena. Qualquer coisa fará sentido. E tudo que vier de você será bem-vindo. Será suficiente. Será perfeito. Pra que o sentimento não se perca e todo encontro seja sempre o primeiro.

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