27 de outubro de 2009

Volta pra casa.

Então na nossa última briga você disse que já não me amava mais, que precisava ficar longe de mim. Eu cheguei a te odiar. Por um segundo quis nunca ter conhecido você. Eu pensei que daria pra ser feliz sem você por aqui.
Mas e esse aperto no peito, que eu não sei explicar? E o medo que eu tenho de te perder pra sempre? É engraçado e até meio pecado, mas eu sinto sua falta. E todas as vezes que eu sonho com você, acordo com um vazio que preenche cada pedacinho do meu corpo.
Então eu deveria parar de lutar contra o que eu sinto, eu deveria desistir de tentar continuar sem você. Dói demais sem você. E é tão absurdo acordar com a cama vazia e seu perfume pelo quarto, é como se você tivesse ido embora e ainda assim continuasse aqui e pela primeira vez eu não sei o que é pior pra mim, mesmo sabendo que o pior é não ter você.
Ontem eu ouvi nossa música e doeu tanto. A letra já não faz mais sentido nenhum, ou quem sabe faça mais sentido que antes, mas ainda assim a música outrora tão contagiante, hoje é vazia.
E eu vejo nossos anos de felicidade voarem pela janela, e as paredes que você me ajudou a pintar começam a perder a cor. Ainda tem tanto de você em cada canto dessa casa, mas não restou nada dos sonhos e planos que um dia achamos que daria pra realizar. Amor eu sinto falta dos teus olhos e não há mais ninguém aqui pra encher a cozinha de alegria no café da manhã com uma daquelas piadas sem graça.
Então entenda, não sei direito ainda quanta falta você sente de casa, mas a nossa casa morre a cada dia de saudades de você.

[Nota sobre um casamento feliz, que eu vi se desfazer]

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