9 de julho de 2008

Eu já estou chorando outra vez. É sempre assim, as pessoas se vão, as luzes se apagam e minhas lágrimas começam a rolar. Não é algo que eu queira que aconteça. Não é algo que dá pra evitar. Com a força do habito elas se tornaram mais fortes que eu.
Tem certas horas que eu acho que o melhor pra mim é as coisas estarem como estão. Mas quando eu uso o coração, eu penso totalmente diferente. Mas no fundo eu sei, não precisas me falar, eu já não tenho mais chances de fazer as coisas serem diferentes.
Nem todas as minhas lágrimas podem mudar o que aconteceu. Nem toda a minha força de vontade pode fazer com que as coisas sejam diferentes. Porque as coisas são como são, são como eu mereci que elas fossem e eu não tenho mais nem chances e nem o direito de fazer elas serem diferentes.
O tempo passou, correu. Levou com ele sonhos, planos, desejos e esperanças. E eu tive culpa dele conseguir levar tudo isso. E não adianta eu repetir que queria as coisas como antes porque elas jamais voltarão a ser, até porque eu não mereço tudo isso. Toda aquela felicidade, ainda que ela fosse um tanto utópica, é algo que eu não mereço.
Quando eu fiz minhas malas e disse adeus, perdi todos os meus sonhos e decidi viver os sonhos alheios, tive certeza que isso me bastaria. Era uma certeza errante, que logo logo eu viria a descobrir, não duraria muito. E não durou. Hoje eu não tenho certeza alguma.
Mas de algo eu sei! Sei que preciso do abraço, da voz e do carinho pra ter força e certeza. Eu preciso de uma certeza. Uma certeza verdadeira! Quando essa certeza me bater à porta refarei minhas malas e voltarei pro lugar de onde eu jamais deveria ter saído.
E usarei essas mesminhas palavras: "Foi aqui que eu sempre quis estar!".
Daí pra frente pode ser que venham lágrimas, mas com certeza não serão tão amargas quanto as de agora.

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