7 de agosto de 2012


Quando é pra ser a gente sente no olhar e percebe nas atitudes. Porque é preciso querer que aconteça, e quem quer liga, procura, manda mensagens, dá notícia. Quem quer se faz presente mesmo longe e não se deixa esquecer. Sem pedir ou exigir nada... Quem quer dá um jeito de entrar sem que a gente perceba e, quando menos se espera, a gente tá sentindo saudade, sentindo prazer com a presença.

De repente a gente vê a história começar e as coisas se encaixarem. Quando é pra ser não se tem medo. Se deixa levar pelas vontades e liga quando sente saudade e não esconde que quer que seja. Tudo de forma tão natural que você só consegue pensar que não tinha como não ser. E tenta sobreviver à saudade e ao sentimento, ainda sem nome, que cresce por dentro. Quando é pra ser a gente simplesmente não consegue evitar.

E se percebe vislumbrando o mesmo caminho que o outro. Mãos dadas numa estrada que reserva a vida inteira, altos e baixos como bem é, mas muito mais dosada de prazer. E é preciso encontro, intimidade, objetivos em comum. É preciso toda essa infinidade de coisas que a gente sabe que precisa renascer todos os dias... Mas antes de mais nada é preciso querer. E dizer que quer. E não ter medo de sentir. E fazer com que valha à pena. E continuar olhando nos olhos ao falar. Ir sem medo. Ir sem pensar. Sem essa de ouvir o que dizem terceiros. Sem complicar. Quem quer simplesmente se entrega.

E vai vendo o frio na barriga nascer ao ouvir o celular tocar. Vai sentindo as mãos suarem frio ao ouvir a voz. Vai sonhando com a hora de rever e abraçar. Vai querendo que dure mais um pouco, só mais um pouquinho, pra que você possa aproveitar. Já não lembra mais como medir consequências, não sabe mais como faz pra parar e não tem vontade de pedir desculpas. Parece certo. É certo, tem de ser... Não pode ser errado ser feliz assim. Não pode ser pecado se sentir tão bem com alguém depois de tanto tempo sem sentir nada. Sentir é tão bom, faz tão bem!

 E nada na vida é melhor que seguir em frente com algo que se quis a vida inteira. E acreditar que vale à pena, mesmo quando dizem o contrário. E pensar que não podia ser diferente, que tinha que ter sido exatamente assim. E abraçar mais uma vez como quem abraça o mundo. Dizer mais uma vez que sentiu saudades. Beijar como se fosse a última vez. Deitar na mesma cama, fazer planos, entender os silêncios, se manter agarrados, pedir que não acabe nunca. E ter certeza de que, quando a gente quer, não tem como não ser o certo.

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