
Eu disse que te amaria para sempre. Lembro bem de pelo menos mil, das milhões de vezes que repeti isso pra você. E bem, no momento eu não sabia, mas eu mentia. Não propositalmente e talvez, se tivesse dado certo, eu até tivesse falado a verdade. Mas bem, o para sempre de duas pessoas não se constrói sozinho, precisa de no mínimo quatro mãos, quatro pés e dois corações batendo em ritmo acelerado. Nem mesmo o meu coraçãozinho, desesperadamente acelerado, conseguiria sozinho.
Então ali, no momento do adeus, acabou o meu para sempre com você. Não que eu tivesse escolha, diga-se de passagem, você sempre foi muito exigente e quando me pediu pra ser feliz sem você não foi diferente. O que me restou foi seguir meu caminho e te esquecer.
Não foi fácil e admito que por muitas vezes eu chorei descontroladamente, mas acho que a fonte de lágrimas secou. Vez ou outra bate uma saudade, um desejo de viver algumas coisas de novo, mas como eu acabei de dizer, é só saudade, não é amor.
E é quando eu sinto saudade que eu percebo que menti.
Hoje, com o coração inteiro e beijos sendo doados a outra pessoa, eu vejo o quanto eu idealizei nosso amor, o julgando perfeito. Talvez tenha sido culpa minha mesmo, esperei de ti bem mais que o que você poderia ter me dado. Na falta da realização dos desejos, acabei por desistir de realizá-los com você e consequentemente, acabei também por deixar de amá-lo. O bom é não ter feito ninguém sofrer, o seu para sempre durou ainda menos que o meu e seu amor, quando o meu desistiu, já tinha acabado faz tempo.
E bem, talvez não faça muito sentido para quem acabar por ler essas linhas estranhas e certas de que o para sempre não existe, mas para mim e você fará todo o sentindo.
Nosso para sempre foi bom enquanto durou! E eu, de todo o coração, retiro agora a culpa que um dia atribui a você. Não fomos nós quem errou, é só que havia chegado a hora do nosso para sempre acabar.
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