Nós nos deitamos lá. Os rostos cheios de excitação e felicidade!
Olhar pra cima trazia calma, a luz apagada e todas aquelas estrelas brilhando sobre nós, como se fosse um aviso prévio de toda a perfeição que se seguiria.
Conversamos besteiras e sorrimos juntos como sempre, aquele lugar tão conhecido trazia conforto, inspirava segurança. Ali éramos nós dois a salvo do resto do mundo. Impossível me sentir mais segura, impossível estar mais segura que não nos seus braços, naquela cama, no nosso esconderijo, sob nossas estrelas.
Enfim você me deu um beijo, o primeiro. Incrível como me senti suar frio, senti as pernas tremerem, senti o lugar se mover. Que sensação!
Eu sabia que depois que aquele beijo acontecesse, todo o resto seria incrível. Sempre fomos cúmplices demais pra deixar que o medo tome conta do desejo. Medo é algo que nosso sentimento não nos permite sentir. Mais que isso, é impossível sentir medo ao seu lado, nos seus braços!
Você me puxou pra mais perto e disse o quanto esperou por aquele momento, beijou minha orelha e me fez arrepiar. Eu te segurei com força pela cintura, nunca mais deixaria que você saísse de perto de mim. Pela forma como aproximou seu corpo do meu e tocou meu rosto, você queria o mesmo que eu.
Beijou-me de um jeito único. Seu lábio macio tocando o meu levemente. Nossos rostos unidos pela boca e se movendo em sentidos diferentes. Então você parou me olhou e se levantou. Puxou-me com força e abraçou-me. Veio desabotoando minha blusa, tirando meu sutiã e olhando com os olhos de quem só quer dar amor. Tocou meus seios com calma e os beijou com toda ternura. Eu tirei sua camisa, te abracei e nós sentimos nossos corpos se tocarem e incrivelmente se encaixarem como jamais fora com outra pessoa antes. Fiquei me perguntando se alguma das várias mulheres com quem você já esteve te fez em algum momento se sentir assim... Senti ciúmes, claro que sim. Mas tratei de logo tirar isso da cabeça, pois homem nenhum antes me fez sentir algo sequer parecido e preferi acreditar que com você também era assim.
Quando voltei ao momento seus olhos ainda estavam lá, nos meus. Seu corpo tão próximo ao meu que dava pra sentir seu calor, seu desejo. Começamos a nos beijar loucamente, um beijo cheio de desejo, cheio de saudade, cheio de loucura. Nesse beijo estavam os anos que nos separaram a saudade que nos consumiu cada dia desses últimos quatro anos. Estava tão ligada ao beijo que quando percebi estávamos completamente sem roupa, então você beijou meu rosto pra em seguida descer e beijar todo o resto do meu corpo. Eu sentia arrepios, desejo e olhava pras estrelas, pro lugar, sentia a segurança e nunca em minha vida desejei tanto que um homem me fizesse mulher.
Então você entrou em mim. O espasmo de prazer que eu senti jamais conseguiria explicar, mas os seus olhos, sua face, sua voz naquele momento. Aquilo com certeza seria uma boa explicação pra o que eu senti. Para o que sentimos.
Fizemos amor pelo que pareceu o maior e mais feliz espaço de tempo da minha vida. E eu tive a certeza de que jamais me sentiria assim outra vez.
Quando você me abraçou e tocou meu rosto, quando disse que me amava, quando me fez rir com uma de suas piadas, quando me mostrou seu sorriso... Como explicar toda a felicidade que se explodiu em mim? Não há como. Mas foi incrível.
Então conversamos sobre tudo, sobre todas as coisas que nos aconteceram durante esse tempo. Foi tão gostoso ficar ouvindo sua voz me contar todas aquelas histórias. Você contou com tanto entusiasmo cada detalhe das coisas incríveis que viveu, de como queria que eu pudesse ter estado junto. Quando dei por mim o sol estava nascendo e as estrelas já não brilhavam mais, eu havia tido a conversa mais gostosa dos últimos anos e você me pedia pra não dormir, pra ficarmos acordados ali e juntos para sempre.
Eu me aproximei de você, disse que te amava e encostei minha cabeça no seu peito. Você passou as mãos pelo meu cabelo e eu acabei caindo no sono enquanto você me falava o quanto eu estava te fazendo feliz, o quanto esperou pra se sentir assim, o quanto me quis perto todos esses anos...
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