Dadas as circunstâncias do jogo, eu estava no topo, eis que a hora mais difícil do jogo havia chegado. Escolha garota, escolha! Eu deveria escolher entre apostar tudo o que eu tinha ou não participar mais do jogo.
Qual seria meu prémio se eu apostasse e ganhasse? Nunca vou saber.
Eu fiz aquela cara de decepcionante, fechei os olhos com força, deixei a lágrima cair e me retirei da mesa levando o que eu ainda tinha: Algumas lembranças, alguns planos mirabolantes, um coração meio trincado, algumas lágrimas que sobraram para próximas eventuais vontades súbitas de sumir e minha vontade de te fazer sentir ao menos por um dia tudo que eu estava sentindo. Eu não ganhei muita coisa e talvez se eu tivesse arriscado e perdido tudo isso, já teria ganho o melhor prémio. Mas eu sempre fui cabeça-dura suficiente pra decidir por ficar com a dor e aprender com ela independente do quanto isso me machuque.
Então dali em diante eu tinha muito o que resolver. Era hora de conviver com a dor da forma mais pacífica possível, era hora de dançar e cantar mesmo sem sentir vontade, era hora de viver o momento mesmo achando que viver não tinha graça nenhuma.
Escolhas são sempre assim, com lados positivos e negativos: O positivo disso tudo é que certamente chegado o fim da dor, eu estaria mais forte (e isso deve ter algum ponto positivo pra quem quer ser heroína um dia), o ponto negativo é ter perdido a chance de fazer as coisas serem como eu quero que sejam (o que não deixa de ser um ponto positivo pois certamente eu estaria me prejudicando e fazendo o mesmo com muita gente).
Vivem dizendo que azar no jogo traz sorte no amor, nem tudo está perdido então, a não ser que como sempre, fugindo à regra, eu tenha azar nos dois. Quanto vai demorar pra eu descobrir a resposta pra isso também?
Em todo caso o que conta é: Não sou mais jogadora! Nada de brincar com os meus sentimento, muito menos com os sentimentos alheios. Não ponho mais a vida de ninguém em risco por minha causa e à partir de hoje concorro ao Prémio Nobel da Paz! Ser boazinha tem de ter alguma recompensa.
Sempre fui mais ligada aos vilões, mas nessa novela vou ser mocinha. Verdade, mentiras e meio-verdades machucam muito, ainda mais quando só contam para nós mesmos.
Chega de vilões nesse jogo, vamos ver se sendo mocinha eu ganho um final feliz!
11 de março de 2009
Vilã ou Mocinha?
Estudante de Direito, 24 anos.
Teresina, Piauí.
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2 comentários:
Escolhas são sempre dificéis. Mas olha só.. tu já encontro dois pontos positivos ;)
E vc terá sim, o seu final feliz.
Ah, mtttt obrigada pela força. Juro por Deus que vou tentar passar longe daquela música.
Tu escreve muito bem. Esse povo do Direito é cheio das palavras mesmo. ;D
Beeijo!
Nega,adoro adoro seus texto aqui acula to lendo ou copiando algo seu.Tem muita coisa sim que temos em comum,te amoooo e na a distancia e nem tempo que va mudar a jessica laysa.Beijaoo..Leryda
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